O Dusk Contemporary Art Festival, realizado em locais de pedra ancestrais na Península Ibérica e único evento internacional de arte noturna, começou este domingo na Herdade do Freixo-do-Meio (Montemor-o-Novo), mas prossegue a 21 de Junho, no Algarve, na Lagoa da Nave do Barão.
Esta primeira edição do Dusk está a decorrer no singular ambiente geológico de Portugal, com artistas visuais de (Portugal e Espanha), Alba (Escócia), Ísland (Islândia) e Naija (Nigéria). Apresentam-se, segundo a organização, «como um bando de merry solstice pranksters pelo interior das regiões do Alentejo e Algarve, em Portugal».
Da noite de 18 de Junho até ao solstício de Verão, a 21 de Junho, o Festival apresentará um programa com curadoria única, de Nuno Sacramento e Inês Valle, onde a arte contemporânea será articulada com conhecimentos arqueológicos, geológicos, astronómicos e da comunidade local.
No Dusk Art Festival participarão artistas de diferentes gerações e de contextos geopolíticos diversos, porém todos provenientes de culturas com estreitas ligações às pedras e à geologia. Motivados por estes, apresentarão performances, projeções de filmes, debates, caminhadas noturnas, e projetos ao longo de duas noites, em pleno interior do Alentejo e do Algarve.
O Dusk apresenta obras de mais de 30 artistas portugueses, Islandeses, escoceses e nigerianos, tanto na sua programação, como na publicação que é distribuída gratuitamente nas noites do festival.
Entre os artistas, destacam-se Ademola Onibonokuta (NG), Eddie Summerton (SCO), Jessica Ram (SCO), Gunnhildur Hauksdóttir (IS), Àsìkò (NG), AnaMary Bilbao (PT), Cristina Ataíde (PT), Fernando J. Ribeiro (PT), Luís Palma (PT), Tiago Duarte (PT), Pauliana Valente Pimentel (PT), Rui Martins & Isaque Andrade (PT) e Egill Sæbjörnsson (IS) e Pedro G. Romero (SP) que representaram a Islândia e a Catalunha na Bienal de Veneza, entre muitos outros.
Para tornar o evento acessível a todos, e «para piscar os olhos à elite dos representantes da arte», a entrada é livre.
A Lagoa da Nave do Barão é uma formação cársica do tipo poldje situada a cerca de 9 quilómetros de Loulé, perto da aldeia com o mesmo nome, onde se encontra uma antiga fonte abrigada entre dois montes, uma espécie de monumento comunitário à água. Tanto mais que uma vez que a aldeia só teve acesso a água canalizada após o 25 de Abril de 1974.
Morada: Fonte da Lagoa da Nave, Caminho Agrícola da Várzea da Nave do Barão | GPS: 37.2195053885733, -8.049680775321187
Programa
Nave do Barão
Quarta-feira, dia 21 de Junho
14h00 Encontro de mulheres e homens fortes
16h00 Performance Erguer o Menir por artistas e aldeia
Performance Trompete de Bolso por Arsénio Martins
20h00 Chegada do público
Apresentação do Festival
Programa de Live performances
○ Performance Soy Piedra por Julio Jara (Iberia/ES)
○ Performance From Heart to Stone por Gunnhildur Hauksdóttir (Ísland)
○ Escultura-Performance Hide for a Standing Stone por Eddie Summerton (Alba)
○ Performance Rock Concert por Jess Ramm (Alba)
○ Performance duracional Stone Soup por Tiago Duarte (Iberia/PT)
Projeção de filmes na paisagem noturna
○ Rui Martins + Isaque Andrade (Iberia/PT)
○ AnaMary Bilbao ( Iberia/PT)/ES)
○ Ademola Onibonokuta (NG)
○ Pauliana Valente Pimentel (Iberia/PT)
○ Edward Summerton (Alba)
○ Gair Dunlop (Alba)
○ Jack Hughes (Alba)
○ Alexandra Ferreira (Iberia/PT)
○ Rogério Taveira (Iberia/PT)
○ Kristín Sigurðardóttir (Ísland)
○ Kristín Helga Ríkharðsdóttir (Ísland)
Caminhada noturna pela Nave do Barão com João Ministro
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