Hospital de Portimão já tem moderno equipamento de angiografia

A inauguração do equipamento e a apresentação da nova sala onde vai ficar instalada esta nova valência decorreu no dia 20 de Junho, no Hospital de Portimão

11 anos depois, o Hospital de Portimão voltou a abrir a Sala de Exames Especiais onde já está instalado e a funcionar, a partir desta quarta-feira, 21 de Junho, um moderno equipamento de angiografia.

Segundo o Centro Hospitalar Universitário do Algarve (CHUA), «trata-se de um equipamento que permite a realização de uma vasta gama de exames na área da angiografia, radiografia, fluoroscopia e gastroenterologia de diagnóstico e de radiologia de intervenção».

Este sistema é uma solução de mesa suspensa, especificamente desenhado para responder às exigências clínicas atuais e futuras, pois dispõe de aquisição digital direta que «oferece uma excelente qualidade de imagem com baixas doses de radiação, garantindo simultaneamente um melhor acesso ao paciente durante os procedimentos de diagnóstico ou de intervenção, com possibilidade de controlo de todo o sistema a partir de qualquer local da sala de exames ou da sala de comandos», acrescenta.

A inauguração do equipamento e a apresentação da nova sala onde vai ficar instalada esta nova valência decorreu no dia 20 de Junho, no Hospital de Portimão.

«Este equipamento fazia falta ao Serviço de Radiologia e em muito melhorará a saúde no Algarve. A nossa estrutura está a melhorar, obviamente que existem limitações de espaço, algo que só será resolvido com o novo Hospital Central, mas, apesar de tudo, temos conseguido aumentar a nossa diferenciação clínica que tem sido muita e temos tido a sorte de ter profissionais que querem trabalhar com o CHUA e estas novas tecnologias e equipamentos atraem sempre mais profissionais», referiu Horácio Guerreiro, diretor clínico do CHUA.

 

 

Para Francisco Aleixo, diretor do Serviço de Radiologia, «hoje é um dia feliz para o Serviço e para o CHUA, pois há cerca de 11 anos que não tínhamos a nossa Sala de Exames Especiais a funcionar. Durante muito tempo, esta lacuna, foi remendada pelo facto de, os eventuais exames desta área serem realizados em Coimbra ou em Lisboa».

Segundo este responsável, «não basta ter um equipamento de topo, temos de o rentabilizar em prol dos nossos doentes. Temos recursos humanos já com know-how, mas os desafios que a instituição tem vai obrigar-nos a motivar outros colegas do próprio serviço a se dedicarem a esta área, assim como iremos solicitar apoio a outras instituições do país onde a prática destes exames é maior».

José Saraiva, radiologista de intervenção, sublinhou que «estamos a dar um salto gigante», uma vez que «este angiógrafo multifunções vai permitir colmatar a lacuna deixada pela avaria do equipamento que tínhamos nesta sala há 11 anos, permitindo atuar na gastroenterologia, mas também na cardiologia de intervenção vascular».

O especialista explicou que, «atualmente, um doente com uma hemorragia tem de percorrer de ambulância 400 km e ir para Coimbra».

Com este equipamento, «vamos evitar esta disparidade nos acessos aos cuidados de saúde que caracteriza a região do Algarve. Em termos de procedimentos, nesta fase inicial, vamos focar-nos essencialmente no tratamento de hemorragias e obstruções biliares. No entanto, vamos ter também a colaboração com o serviço de urologia».

Rita Lemos, responsável pela área de angiografia da Siemens Portugal, também esteve presente na sessão demonstrando todo o apoio da empresa junto dos profissionais e do serviço.

«Este equipamento é muito especial porque é um sistema multifuncional. É um misto, único no mercado, não faz apenas os exames especiais, mas vocês passam a ter uma valência extra, que é toda a radiologia de intervenção», referiu.

Falando sobre o facto deste ser um motor essencial para a captação de médicos para a região a presidente do Conselho de Administração do CHUA defendeu que «é certo que estes equipamentos atraem mais profissionais de saúde, uma vez que as pessoas querem fazer o que melhor se faz em termos de estado da arte».

«Esta é mais uma valência para este serviço, mas será certamente um acontecimento importante do CHUA, que vai contribuir para o tratamento dos utentes algarvios e do baixo Alentejo», considerou Ana Varges Gomes.

 

 

 

Já José Apolinário, presidente da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional (CCDR) do Algarve, sublinhou a importância destes investimentos, referindo que «somos uma região onde há pouco investimento em Ciência e Investigação».

«A nível europeu a recomendação é que o investimento em I&D seja de 3% em relação ao PIB gerado. O investimento em I&D é crucial para o desenvolvimento e competitividade das regiões».

Isilda Gomes, presidente da Câmara de Portimão, manifestou o seu agrado pela visão estratégica alinhada entre o Conselho de Administração do CHUA e a CCDR Algarve, a qual tem beneficiado nos últimos anos a região de uma «forma extraordinária».

«O que se passava há 10 anos não tem nada a ver com o que se passa hoje e isso deve-se à tenacidade e capacidade de luta dos profissionais, de quem os dirige e de quem dirige a CCDR. Os algarvios merecem ter as mesmas condições que existem no resto do país. Não temos de ser excluídos», enfatizou.

Comentários

pub