Regantes do Sotavento sugerem rega de golfes a partir da ETAR de Tavira

Proposta já foi apresentada à empresa Águas do Algarve e à Agência Portuguesa do Ambiente

Os regantes do Sotavento Algarvio sugerem, em comunicado que a rega de três dos campos de golfe de Tavira seja feita com águas residuais tratadas da ETAR deste concelho.

Salientando que «urge a tomada de decisões estruturantes e com visão de futuro», a Associação de Beneficiários do Plano de Rega do Sotavento explica que acaba de propor «esta solução à empresa Águas do Algarve e à Agência Portuguesa do Ambiente, entidades com poder de decisão para esta solução concreta».

No seu comunicado, assinado por José Macário Correia enquanto presidente da associação de regantes, acrescentam que «para o efeito, existem verbas no designado PRR que bem carente está de execução de investimentos».

Os regantes acrescentam que esperam o «apoio da Câmara Municipal de Tavira no ativo envolvimento nos aspetos técnicos e operacionais para que esta melhoria se concretize nos melhores prazos».

 

 

A associação explica que a ETAR de Tavira situa-se «na margem esquerda da Ribeira do Almargem», a «centenas de metros de um campo de golfe (Benamor)» e a «cerca de 3 quilómetros de mais dois (Quinta da Ria e Quinta de Cima)».

«Estes são, de entre os campos de golfe do Algarve, dos que estão mais próximos de uma grande Estação de Tratamento de Águas Residuais e com travessias para tubagens fáceis de instalar em viadutos da EN 125 e do caminho de ferro», defendem os regantes.

«Não faz sentido enviar para o mar a água tratada da ETAR quando pode ser aproveitada na rega destes campos de golfe. Com este simples investimento poupam-se centenas de milhares de metros cúbicos [de água] que muita falta nos fazem para produzir frutas e legumes e até para beber», diz ainda a associação.

No comunicado assinado por Macário Correia, salienta-se ainda que o Algarve atravessa «um período de seca com repercussões na vida de todos nós».

«As albufeiras do Algarve têm menos água do que no ano passado e os consumos deste ano estão cerca de 20% acima em igual período».

 

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