Carla Ponte não vai ser candidata à Região de Turismo do Algarve

Segundo Carla Ponte, os autarcas do PS já decidiram «apoiar outro nome».

Carla Ponte não vai ser candidata à presidência da Região de Turismo do Algarve (RTA), acaba de anunciar a própria nas redes sociais.

Num post publicado no Facebook, a chefe da Divisão de Turismo, Desenvolvimento Económico e Cultural da Câmara de Albufeira explicou que entendeu não estarem reunidos os pressupostos «imperativos» para avançar com a candidatura.

Um deles era a aprovação dos autarcas do PS que, segundo Carla Ponte, já decidiram «apoiar outro nome».

André Gomes, atual diretor do Núcleo de Promoção, Animação e Informação Turística da RTA e filho de Isilda Gomes, presidente da Câmara de Portimão, foi o outro nome falado e que também já mostrou disponibilidade para avançar.

Carla Ponte, que diz respeitar a «decisão tomada e assumida», entende que, assim, «não está cumprido um dos pressupostos fundamentais para a concretização da minha candidatura».

«Nestas condições, a ser concretizada, serviria para dividir a região e criar um ruído desnecessário à volta da estrutura, algo para o qual não quero contribuir», considera.

A possibilidade de se candidatar à RTA foi «real», segundo Carla Ponte, tendo «surgido um convite por parte de algumas associações ligadas ao setor que me sondaram, apresentaram as suas ideias e me fizeram ver que eu era uma solução credível para o cargo», recorda.

O colégio eleitoral, que vai escolher o próximo presidente da RTA, reúne os 16 municípios da região, um elemento da CCDR do Algarve, em representação do Estado, 14 associações empresariais e dois sindicatos.

As eleições devem acontecer em Junho.

 

Post de Carla Ponte na íntegra: 

«RTA

Por pretender contribuir para não alimentar dúvidas e especulações acerca deste tema, partilho convosco algumas palavras sobre a minha possível candidatura à Presidência da Região de Turismo do Algarve

Como julgo ser do vosso conhecimento, o meu nome foi ventilado como uma possibilidade para liderar a Região de Turismo do Algarve, algo que decorre do processo eleitoral que irá decorrer em breve.

Esta possibilidade foi real, tendo surgido um convite por parte de algumas associações ligadas ao setor que me sondaram, apresentaram as suas ideias e me fizeram ver que eu era uma solução credível para o cargo.

Em face dos argumentos e dos apoios que me foram apresentados, nesta fase todos oriundos do setor privado, e após uma cuidada reflexão, acabei por me disponibilizar para esse desafio.

Contudo, e porque não estaria disponível para avançar a qualquer preço, condicionei uma candidatura oficial a vários pressupostos que considerei imperativos.

Desde logo, fiz ver a quem me convidou e tornei público em declarações que julgo serem muito claras, que apenas assumiria uma candidatura se o meu nome recolhesse amplo consenso do setor privado, pois julgo serem uma âncora fundamental em todo este processo. Senti que esse apoio era uma realidade e que o meu nome recolhia consenso.

Coloquei ainda como condição, que o meu nome fosse apresentado e aprovado pelos autarcas do Partido Socialista. É conhecido, o cenário da distribuição de votos para esta eleição e a influência dos autarcas eleitos pelo Partido Socialista no resultado final.

Dado que o meu nome estava já na praça pública, entendi ser minha obrigação transmitir ao Partido Socialista, através dos seus dirigentes regionais, o convite que me foi dirigido, a minha disponibilidade, os argumentos que me foram apresentados, os apoios que me foram garantidos e as minhas condições para avançar.

É já sabido que os autarcas do Partido Socialista assumiram, legitimamente, a decisão de apoiar outro nome que não o meu.

Sendo assim, e respeitando a decisão tomada e assumida, entendo que não está cumprido um dos pressupostos fundamentais para a concretização da minha candidatura. Nestas condições, a ser concretizada, serviria para dividir a região e criar um ruído desnecessário à volta da estrutura, algo para o qual não quero contribuir.

Da minha parte, agradeço o apoio de todos aqueles que apontaram o meu nome como uma solução para liderar uma entidade com tanta história e importância para o Algarve. Sinto-me muito honrada por este convite e pelo reconhecimento do meu trabalho de mais de 25 anos dedicados ao setor.

A todos os que me contactaram ao longo destas semanas, deixo-vos um pedido de desculpas por alguma falta de retorno da minha parte, pois foram muitas as chamadas e contactos que recebi. Mas deixo-vos, sobretudo, um imenso obrigado pelo carinho e apoio que me fizeram chegar.

É muito bom saber que vos tenho ao meu lado.

Quem me conhece sabe que gosto muito do que faço, gosto muito das pessoas que trabalham comigo e, apesar de existirem dias menos bons, dou sempre o melhor de mim, pois não sei estar de outra forma na vida. É isso que continuarei a fazer.

Bem hajam!
Carla»

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