Carla Ponte, chefe da Divisão de Turismo, Desenvolvimento Económico e Cultural da Câmara de Albufeira, está disponível para se candidatar à presidência da Região de Turismo do Algarve (RTA), mas só se André Gomes, que também já mostrou abertura para concorrer ao cargo, não for candidato.
Nos últimos dias, Carla Ponte tem sido sondada para ser o rosto de uma candidatura alternativa a André Gomes.
O anúncio de uma possível candidatura do atual diretor do Núcleo de Promoção, Animação e Informação Turística da RTA criou polémica, em particular por se tratar do filho de Isilda Gomes, presidente da Câmara de Portimão, e marido de Ana Varges Gomes, presidente do Conselho de Administração do Centro Hospitalar Universitário do Algarve.
Em declarações ao Sul Informação, Carla Ponte, que até é militante do PS, apesar de não ter atividade partidária há anos, confirmou estas abordagens, dizendo que só se candidata se for uma «solução de consenso».
E o que é uma solução de consenso?
«É uma solução que parta do seio dos empresários e que seja aceite pela maioria da comissão eleitoral», respondeu Carla Ponte.

O Sul Informação sabe que já há associações que veem com bons olhos a candidatura de Carla Ponte.
A AHETA – Associação dos Hotéis e Empreendimentos Turísticos do Algarve, liderada por Hélder Martins, que até já foi presidente da RTA, a Associação dos Industriais Hoteleiros e Similares do Algarve (AIHSA) e a Confederação dos Empresários do Algarve (CEAL), cujo presidente é Carlos Luís, ex-líder da Associação de Turismo do Algarve, são três exemplos.
Carla Ponte, que também faz parte da direção da Agência de Promoção de Albufeira (liderada por Desidério Silva, antigo presidente da RTA), garantiu que, na próxima semana, terá uma decisão final.
«Não estou disponível para me meter em guerras entre empresários e Câmaras. Se o André Gomes avançar como candidato e tiver esse apoio, eu não avançarei», adiantou.
Assumindo-se como «surpreendida» pelo «convite» para se candidatar à RTA, Carla Ponte, que conta com o apoio de José Carlos Rolo, autarca de Albufeira, explicou ainda que só se candidata se «sentir que vai contribuir positivamente» para a Região de Turismo do Algarve.
«Não tenho medo de ir a jogo e perder, mas a verdade é que sinto que não tenho necessidade disso. Não quero deixar uma estrutura [RTA] dividida em dois polos, nem me meter em lutas partidárias», concluiu.
O colégio eleitoral, que vai escolher o próximo presidente da RTA, reúne os 16 municípios da região, um elemento da CCDR do Algarve, em representação do Estado, 14 associações empresariais e dois sindicatos.
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