Glocal: Mata de Faro «era muito engraçada, ficou sem árvores, ficou depenada»

O Município, argumenta a Glocal, transformou uma mata, «já por si pequena, num pseudo jardim urbano»

O movimento Glocal Faro contesta a obra de requalificação da Mata do Liceu, inaugurada na passada sexta-feira, 24 de Março, que se transformou «num pseudo jardim urbano». 

«Era uma mata muito engraçada, ficou sem árvores, ficou depenada».

É assim que a Glocal resume a obra da Mata, com o movimento a queixar-se de que os cidadãos não foram ouvidos.

Este era um dos «raros espaços verdes que ainda persistiam em Faro, utilizado e fruído por inúmeras famílias com crianças, jovens estudantes, desportistas, séniores», defendem.

O Município, argumenta a Glocal, transformou uma mata, «já por si pequena, num pseudo jardim urbano», tendo «abatido árvores sadias para plantar um relvado» e «plantado árvores novas e simultaneamente impermeabilizado o espaço».

Isto leva a que seja gasta «ainda mais água em rega numa altura em que é escassa».

«Desfez-se, enfim, uma mata, que passou a designar-se por eco-jardim, com direito a workout spots, mobiliário urbano e trilhas em cimento, impermeabilizações várias, campos de basketball cor-de-rosa choque, relvados e rega em barda, e aspersores, e mais aspersores», lê-se, numa nota enviada às redações.

Na opinião da Glocal, a população de Faro está «sequiosa» de espaços verdes, de sombras e parques infantis.

«Pode ser que os aumentos absurdos das tarifas da Fagar, que foram recentemente impostas à população, consigam cobrir parte das despesas que advirão da gestão e manutenção deste novo eco-espaço», diz a Glocal.

O movimento defende que projetos como o das florestas Miyawaki, que já tem um exemplo em Algoz, é que deviam ser seguidos.

 



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