As barragens do Algarve terminaram o mês de Novembro com menos água do que tinham 30 dias antes, com exceção da albufeira da Bravura, cujo volume subiu de forma residual. Em comparação com o nível registado há um ano, a diminuição acontece em toda a linha e é bem expressiva.
No entanto, com a forte chuva que caiu nos últimos dias, no Algarve e no Baixo Alentejo, é de prever que as barragens do Sul estejam agora mais compostas.
Segundo o mais recente boletim de armazenamento nas albufeiras do Sistema Nacional de Informação de Recursos Hídricos, nas duas principais albufeiras da região algarvia, Odelouca e Odeleite, o volume total armazenado é de, respetivamente, 31,1% e de 29,6%.
Há um mês, o volume nestas duas barragens era de 31,2%, em Odelouca, e de 31,1%, em Odeleite. Mas, se recuarmos um ano, a diferença é bem mais expressiva: 53,4%, no primeiro caso, e 48,3%, no segundo.
Odelouca está inserida na bacia hidrográfica do Arade, cujo volume total de armazenamento de superfície estava, no final de Novembro, nos 35,7%, um número que não se afasta muito da média, nesta altura do ano (38,3%).
Desta bacia fazem também fazem parte as barragens do Funcho e do Arade.
A albufeira do Funcho é a que tem maior volume, entre as barragens algarvias, e estava com 57,3% da sua capacidade total, no final de Novembro (61,2% em Outubro, 64,8% em 2021).
Na barragem do Arade, o volume armazenado é de 25,3%, ligeiramente abaixo do registado há um mês (25,4%). No final de Novembro de 2021, esta albufeira estava com 47,2%.
A barragem da Bravura, a única albufeira da bacia hidrográfica do Barlavento, está com um volume de 9,2%. Este valor, que coloca esta barragem entre as que estão em situação mais crítica, em todo o país, é, ainda assim, superior ao de Outubro (9,1%). Há um ano o volume armazenado era de 13,9%.
No Sotavento Algarvio, além da barragem de Odeleite, há a de Beliche, que está a 22,9% da sua capacidade total. No final de Outubro esta albufeira tinha 24,2% de volume armazenado, enquanto há um ano tinha 40,6%.
Estas duas barragens pertencem à bacia hidrográfica do Guadiana, que está com 59,4% da sua capacidade total (a média é de 75,1%), muito graças ao Alqueva, umas das albufeiras alentejanas incluídas nesta bacia.
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