É uma igreja que «diz muito aos louletanos». Foi lá que tantos e tantos se casaram, foram batizados e ou se despediram dos familiares e amigos, antes da partida para o cemitério. A Igreja Matriz de Loulé já reabriu, após profundas obras de reabilitação, para que todos – locais ou turistas – possam voltar a usufruir deste templo que é Monumento Nacional.
A reabertura oficial aconteceu na tarde deste sábado, 3 de Setembro. Para trás, ficam quatro anos em que a Matriz foi alvo de uma profunda intervenção.
As obras, que custaram cerca de 890 mil euros, visaram a recuperação e beneficiação do edifício, resolvendo as anomalias construtivas, funcionais, higiénicas e de segurança.
Os trabalhos incidiram sobre as fachadas, coberturas, infraestruturas e torre sineira. A intervenção contou ainda com o restauro dos retábulos e altares desta Igreja, assim como do pórtico do edifício.

Ao Sul Informação, Vítor Aleixo, presidente da Câmara de Loulé, explicou que, «nalguns casos», a igreja estava «em risco iminente de colapso».
«Esta foi uma intervenção de A a Z, tal como exige e merece um Monumento Nacional», resumiu o autarca que, questionado sobre o tempo que a obra demorou, explicou que as intervenções em património «são morosas».
Uma das novidades que surgirá com a reabertura da Matriz prende-se com o trânsito na envolvente que «será limitado», ficando apenas reservado aos moradores, Proteção Civil e forças de segurança.
«O estacionamento naquela zona, da maneira como acontecia, limitava a fruição do monumento», considerou Vítor Aleixo.

Outra das novidades é o facto de, numa sala lateral à igreja, passar a existir um núcleo museológico, inaugurado este sábado, com alguns artefactos religiosos.
Para o autarca louletano, a reabertura da Matriz também vem «potenciar o turismo cultural na cidade» que, além dos Banhos Islâmicos recentemente reabilitados, tem agora mais um ponto de interesse.
De resto, a Matriz é rica em história: a atual torre sineira é o antigo minarete da Mesquita que ali existia. Desde 1924 que está classificada como Monumento Nacional.
Fotos: Flávio Costa | Sul Informação
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