A Câmara de Loulé conta reabrir o Café Calcinha até ao final deste ano, para dar um «novo fôlego» ao emblemático espaço da cidade.
Fechado há alguns meses, o Calcinha está a ser alvo de obras de reabilitação, nomeadamente para combater as infiltrações no edifício.
Reaberto em Julho de 2017 – também após obras -, o café está fechado há cerca de um ano. A concessão, admite o autarca Vítor Aleixo ao Sul Informação, «não correu bem por vários fatores, como a pandemia».
O futuro do Café Calcinha esteve em debate na última Assembleia Municipal de Loulé, que aprovou a abertura de um novo concurso para uma nova concessão.
«Vamos esperar pelas propostas e o júri há de selecionar a melhor», considerou o presidente da Câmara.
O objetivo é que o Calcinha seja «um café diferente, que faça a exaltação dos valores do convívio, da conversa entre pessoas, da leitura e das tertúlias», explicou. É que este é um espaço «carregado de tradição e de memória, algo muito importante para a constituição do ser humano adulto e bem formado», disse ainda.
Quanto às obras, estão a acontecer «ao nível das estruturas para evitar as infiltrações e a degradação do edifício».
O Calcinha faz parte da Rota dos Cafés com História de Portugal. O espaço era frequentado pelo poeta António Aleixo e a sua figura está perpetuada à porta do Calcinha, numa estátua em sua memória.
Aquele espaço foi classificado como Imóvel de Interesse Municipal em 2012 e, em 2014, adquirido pela autarquia.
Comentários