Festival do Contrabando no seu «formato normal» volta em 2023

Presidente da Câmara de Alcoutim diz que, mesmo estando garantida a sua realização, apoios como o que chegava do “365 Algarve” são fundamentais para que o evento tenha a dimensão que teve antes da pandemia

Festival do Contrabando – Foto: Nuno Costa | Sul Informação (Arquivo)

O Festival do Contrabando volta em Março de 2023 «no formato normal», com uma ponte que vai permitir atravessar a pé o Guadiana entre Alcoutim e Sanlúcar de Guadiana, revelou ao Sul Informação Osvaldo Gonçalves, presidente da Câmara de Alcoutim.

O regresso deste evento de três dias, que teve uma afirmação muito rápida e, antes da pandemia, atraia dezenas de milhar de pessoas dos dois lados da fronteira às duas localidades raianas, é já certo, mas a dimensão e a programação que poderá ter depende em grande medida dos apoios que possam surgir.

«Nós tivemos os constrangimentos causados pela pandemia e isso foi a principal razão pela qual nós deixámos de fazer aquela versão com a ponte flutuante, como as pessoas conhecem e da forma como foi criada», disse Osvaldo Gonçalves.

«Mas também é sempre bom que pensemos nisto: há algo que deixou de existir, que são os apoios fundamentais do “365Algarve” e cuja alternativa ainda não nos foi dada», acrescentou.

Afinal, o Festival do Contrabando nasceu e consolidou-se com o apoio deste programa do primeiro Governo liderado por António Costa, que financiou atividades de culturais e de animação realizadas na época baixa, na região algarvia.

«Continuamos a insistir junto da tutela, quer do turismo, quer da cultura, e da CCDR para reivindicar a criação de apoios, seja com que nome for, mas que nos ajudem na realização destes grandes eventos», defendeu o autarca alcoutenejo.

É que, sem apoios, «torna-se difícil garantir a mesma qualidade com que habituámos as pessoas. Sempre disse que o “365 Algarve” é que permitiu criar o festival nos moldes que o criámos».

«Não estou com isto a dizer que não vamos fazer o Festival do Contrabando se não tivermos apoio. Mas tenho de admitir que o termos um festival maior ou menor no que toca à projeção, à capacidade de organização e da programação em si, isso vai depender dos apoios que pudermos ter», resumiu.

«Nós não temos um Orçamento Municipal que permita gastar uma verba muito avultada sem esses apoios. Temos feito essa reivindicação e espero que consigamos obter esse financiamento», concluiu.

 

 

 

 



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