O Manelito da Porta 48, uma nova experiência de turismo em Albufeira

Casa vai ser alugada a turistas para experienciarem um Portugal antigo

A história fala-nos do Manelito, um menino de 5 anos, mas também do seu cão Fava e do pai António. O cenário é uma antiga casa de pescadores na qual, em cada recanto, está escondida uma surpresa. A descrição parece saída diretamente de um livro, mas esta história é o mote para uma experiência de turismo inovadora que está a nascer em Albufeira.

É junto à Rotunda dos Pescadores que encontramos “A Porta 48”. Pintada de branco, amarelo e vermelho, a traça desta casa, na baixa de Albufeira, remete-nos logo para tempos passados.

Michele Renda, diretora da empresa algarvia Nine Finger Technologies & Home Design, abre-nos a porta.

É ela quem está ao comando deste projeto especial que, com a ajuda da tecnologia, vai criar «um produto novo no Algarve».

 

 

«Fomos contactados pelo dono da casa que nos disse que apreciava muito os nossos trabalhos e queria que déssemos asas à nossa criatividade», começa por explicar.

«Como a ideia é que a casa acolha turistas, pensámos em criar algo diferenciador e montámos uma história que será contada, através da tecnologia, em vários pontos da casa», acrescenta.

Assim, à medida que os turistas «exploram a casa, a história vai-lhes sendo contada porque a tecnologia estará embebida no mobiliário», conta Michele.

No fundo, é como se cada peça do mobiliário fosse uma parte da história.

«Com isso, vamos criando aquele entusiasmo de tentar saber como é que é o próximo episódio», diz Michele.

 

 

Sem querer revelar ainda que tecnologia é usada, a diretora da Nine Finger Technologies & Home Design, empresa com sede na Universidade do Algarve, explica apenas que começou a desenvolver o conceito «no ano passado».

«Estamos a prever que o mobiliário comece a entrar agora durante o mês de Abril, o mais tardar, para começarmos a instalar a tecnologia em Maio», adianta.

Por enquanto, a casa está quase vazia. Ainda assim, já é possível ver alguns pormenores que mostram como um dos objetivos principais de toda a intervenção é que a identidade seja preservada.

As portadas são em madeira; os azulejos pintados à mão e, na casa de banho, ao lado do chuveiro, há o remo de um barco.

Para o exterior está reservada uma das grandes surpresas: uma pequena “praia”, com areia, com um género de passadiço, um tanque com água e um barco.

«Também vamos ter uma cama de rede que vai usar rede de pesca», desvenda Michel.

«Isto é um conceito totalmente diferente de um hotel. No fundo, esta casa vai ser alugada a turistas para experienciarem o Portugal antigo», conclui.

 

Fotos: Pedro Lemos | Sul Informação

 

 

 



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