PSD critica não suspensão do PDM, Aleixo reafirma que “lixeira” não avança

Recomendação da suspensão do PDM foi aprovada por unanimidade, na Assembleia Municipal do passado dia 3 de Dezembro

Os vereadores do PSD dizem-se «indignados» com a «falta de firmeza» de Vítor Aleixo por não ter suspendido o Plano Diretor Municipal (PDM) na zona da polémica “lixeira” nos Matos da Picota (São Sebastião), mas o presidente da Câmara de Loulé garante que a autarquia vai conseguir, na mesma, impedir a construção desta infraestrutura. 

Numa nota enviada à imprensa, os sociais-democratas louletanos revelam que, na reunião camarária de 20 de Dezembro, Vítor Aleixo apenas propôs que, na revisão do PDM, se faça daquela uma área «de uso não industrial».

Para o PSD, o que se deveria ter feito era a «suspensão do PDM» por ser uma decisão com «efeitos imediatos».

Ouvido pelo Sul Informação, Vítor Aleixo explicou que essa suspensão não avançou pelo facto de a revisão do Plano Diretor Municipal ter de estar «concluída até final de 2022».

«Os nossos técnicos estão muito focados nessa revisão que é um longo processo administrativo. Não temos capacidade técnica, nem humana para avançar com os dois processos ao mesmo tempo», acrescentou.

O autarca adiantou ainda que, o facto de a autarquia «estar focada» na revisão do PDM, não significa que o processo da Unidade de Gestão de Resíduos «não seja importantíssimo».

«Por isso, na primeira proposta que vamos enviar à CCDR, já estará lá a nova tipologia, de uso não industrial, para essa área, o que impedirá a construção dessa unidade. É fácil para quem está na oposição dizer que fazia assim ou assado. A Câmara vai conseguir fazer aquilo que os cidadãos pretendem – impedir o processo de ir para a frente -, sem comprometer a revisão do PDM dentro dos prazos», acrescentou.

Certo é que, para os sociais-democratas, esta medida «não tem a firmeza que se exigia para travar a prossecução de uma atividade que pode vir a ser tão lesiva para a qualidade de vida das populações residentes».

Apesar destas críticas, o PSD explica que votou a favor da medida proposta pelo executivo camarário por considerar «de extrema importância transmitir um sentido de unanimidade sobre o sentimento da Câmara Municipal a respeito deste projeto».

Ainda assim, os sociais-democratas entregaram «uma declaração de voto expressando o seu desagrado sobre a fraca firmeza da resposta».

A recomendação da suspensão do PDM para esta zona foi, de resto, aprovada por unanimidade, na Assembleia Municipal do passado dia 3 de Dezembro, com votos a favor de todas as bancadas.

 

 



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