Entre fotos e apertos de mão, Costa foi à nova EB 2,3 D. Dinis de Quarteira apelar à vacinação

As obras de requalificação da escola custaram 6,5 milhões de euros

Quase em modo de pré-campanha, António Costa distribuiu cumprimentos, tirou dezenas de selfies, falou com alunos da renovada Escola EB 2,3 D. Dinis, em Quarteira, e não se foi embora sem lhes deixar um apelo para que «haja uma adesão efetiva» das crianças dos 5 aos 11 anos à vacinação que arranca este sábado, 18 de Dezembro. Quem o fizer, disse o primeiro-ministro, pode esperar um 2022 «muito melhor». 

Apesar de o novo edifício já estar a funcionar desde o início do ano letivo, a inauguração oficial da requalificação da Escola D. Dinis, em Quarteira, só aconteceu hoje, 17 de Dezembro, último dia do 1º período, com honras de primeiro-ministro.

As obras custaram 6,5 milhões de euros – o maior investimento em equipamentos educativos no Algarve – e criaram uma escola moderna que António Costa conheceu.

 

 

O chefe do Governo visitou salas de aula, conheceu a nova Biblioteca Escolar e também projetos como o Clube de Aeromodelismo ou outro que envolve um cão de ajuda social.

No seu discurso, António Costa considerou que a nova EB 2,3 D. Dinis vem pôr em prática três pilares da ação do Governo: a autonomia das escolas, a flexibilidade curricular e a descentralização de competências para as autarquias.

Mas, a grande mensagem que o primeiro-ministro quis passar esteve relacionada com a pandemia. Na véspera do início da vacinação das crianças dos 5 aos 11 anos, António Costa apelou, perante uma plateia também composta por alunos, para a importância deste processo.

«É muito importante que, todos os que já se podem vacinar, se vacinem. Ao contrário do que ouvimos dizer, as crianças também são infetadas, também sofrem com a doença: podem sofrer mais ou menos, mas nenhuma doença faz bem à saúde», considerou.

 

 

O primeiro-ministro aludiu ao facto de, atualmente, «a maior taxa de incidência» de casos de Covid-19 ocorrer «nas crianças não-vacinadas», mas também «na faixa etária dos seus pais».

É que, completou António Costa, a vacina também é importante para o próprio processo de aprendizagem nas escolas.

«Nestes três anos letivos, tivemos a vida escolar e a nossa vida muito prejudicada. Todos sabemos que há uma enorme diferença entre ensino presencial e ensino à distância. Nada substitui esta proximidade e é fundamental que adotemos medidas para tentar evitar que este ano letivo seja tão perturbado como os anteriores», disse.

A acompanhar toda a visita estiveram Tiago Brandão Rodrigues, ministro da Educação, Vítor Aleixo, presidente da Câmara de Loulé, e Manuel Nora, diretor do Agrupamento de Escolas D. Dinis, do qual faz parte a EB 2,3.

O autarca louletano vincou o «dia tão importante» para Quarteira que se viveu hoje, mas também recordou as dificuldades até se chegar à conclusão da obra – que incluíram até uma desistência, à última hora, por parte de um empreiteiro.

 

 

Tiago Brandão Rodrigues, por sua vez, quis agradecer à Câmara de Loulé pela empreitada e por «colocar a educação no topo das prioridades».

No final, António Costa, que não prestou declarações aos jornalistas, ainda teve tempo de ouvir a banda da escola, minutos após ter terminado o discurso, centrado nos alunos, com uma frase forte:

«2022 será muito melhor…se se vacinarem entretanto».

 

Fotos: Pedro Lemos | Sul Informação

 

 



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