Covid-19: Ordem dos Médicos apela para que não se perca o foco na importância da vacinação

«Este vírus também nos ensinou que não podemos dar nada como garantido, pelo que é crucial manter o foco no processo de vacinação», diz Miguel Guimarães

A Ordem dos Médicos (OM) reafirmou esta terça-feira, 28 de Dezembro, a importância da vacinação contra a covid-19, defendendo ser crucial manter o foco neste processo, com uma «estratégia bem definida» e meios suficientes para a sua operacionalização.

Fazendo um balanço de um ano de vacinação em Portugal, o bastonário da Ordem dos Médicos, citado em comunicado, recorda os «vários problemas» no arranque inicial do processo, mas destaca o sucesso «inegável» das vacinas.

A vacinação arrancou há um ano em Portugal, com a primeira dose a ser simbolicamente administrada ao infeciologista António Sarmento, diretor de serviço de doenças infeciosas do Hospital de São João, no Porto, e membro do Gabinete de Crise Covid-19 da OM.

A Ordem dos Médicos refere que, «depois de vários problemas no arranque inicial», nomeadamente por não se ter logo começado a vacinar por idade e em grandes centros de vacinação, como tinha recomendado, «o processo acabou por ser alterado, com o almirante Gouveia e Melo a concretizar a missão com sucesso».

«Passado um ano, não recuperámos ainda a vida que gostaríamos, mas é inegável que as vacinas são um sucesso e um marco na viragem no combate à pandemia. Estamos a conseguir reduzir o número de casos graves e com desfecho fatal que, no fundo, é o principal objetivo», salienta o bastonário e coordenador do Gabinete de Crise.

Mas, alerta Miguel Guimarães, «este vírus também nos ensinou que não podemos dar nada como garantido, pelo que é crucial manter o foco no processo de vacinação, dotando-o de uma estratégia bem definida e de meios suficientes para a sua operacionalização».

Para Miguel Guimarães, «perder a confiança da população nesta fase é abdicar de dois anos de grandes sacrifícios pessoais com consequências imprevisíveis, pelo que importa evitar a todo o custo episódios de comunicação errática ou de falta de resposta dos serviços».

Por outro lado, salienta, continua por concretizar a transparência dos dados.

«Importa saber o que está a acontecer, nomeadamente o perfil dos internados e das mortes no que ao esquema vacinal e morbilidades associadas diz respeito», reforça Miguel Guimarães.

 

 



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