Águas da Cruz quer Assembleia Intermunicipal como «grande fórum de debate regional»

A Assembleia Intermunicipal do Algarve «tem de ser o grande fórum de debate das políticas regionais». As palavras são de José Águas da Cruz que foi reeleito, esta segunda-feira, 6 de Dezembro, como presidente deste órgão, na primeira reunião do mandato 2021-2025, que decorreu no Teatro das Figuras, em Faro.

A lista, encabeçada por Águas da Cruz (PS), que também é presidente da Assembleia Municipal (AM) de Lagoa e já lidera a Assembleia Intermunicipal desde Dezembro de 2020, foi a única a votos e também conta com Tiago Botelho, membro da AM de Faro (PSD), como vice-presidente, e Célia Paz, presidente da AM de Vila Real de Santo António (PS), como secretária.

Esta lista arrecadou 35 votos a favor, 9 em branco e 4 contra.

Apesar de, na primeira reunião, só terem participado 48 membros, a Assembleia Intermunicipal do Algarve conta com 58 deputados, eleitos por cada uma das assembleias municipais dos 16 municípios (dois membros nos municípios até 10 mil eleitores, 4 membros nos municípios entre 10.001 e 50 mil eleitores e 6 membros nos municípios entre 50.001 e 100 mil eleitores).

É esta abrangência regional que leva a que Águas da Cruz considere que este órgão «não se pode demitir da função» de ser o «grande fórum de debate das políticas regionais».

«Nós aqui representamos todos os concelhos e todos os cidadãos do Algarve. Acima das filiações partidárias, o que todos queremos é o bem-estar da região e dos nossos concidadãos. Não podemos ser um parceiro secundário, mas, sim, ativo», defendeu, em declarações ao Sul Informação. 

Durante estes quatro anos, Águas da Cruz quer que a Assembleia Intermunicipal seja uma estrutura «arejada, aberta à sociedade, que receba contributos e que também os dê».

De resto, a Assembleia Intermunicipal funciona como órgão deliberativo da AMAL – Comunidade Intermunicipal e, segundo o presidente Águas da Cruz, vai acompanhar aqueles que são os desígnios da região nos próximos quatro anos.

«Nós estamos a viver um período particularmente desafiante da nossa vida coletiva. Os grandes desafios estão elencados: é a questão das alterações climáticas, dos recursos hídricos e sua escassez, mas também a transição digital e energética», disse.

A isto, junta-se «uma questão prioritária, ainda antes de todas as outras, que é o combate à Covid-19» e a atração, para a região, «dos nómadas digitais».

Esta sessão também ficou marcada pela reeleição de Joaquim Brandão Pires como primeiro secretário da AMAL, com 31 votos a favor, 14 em branco e 3 contra.

No seu discurso, Brandão Pires disse que vai desempenhar o cargo «com muito entusiasmo», apelando à união de todos na defesa do Algarve.

«O Algarve é uma mentira muito bem contada de sermos uma região rica, o que é uma falácia. Por isso, é importante que dêmos as mãos em defesa do Algarve», concluiu.