O Festival Verão Azul também se vai fazer no Teatro das Figuras, em Faro, com o espetáculo “A Importância de Ser Alan Turing” a subir ao palco esta sexta-feira, 19 de Novembro, às 21h30, e com a música dos ZA!, “Cantos de Trabalho Impossíveis”, a soar no dia seguinte, 20, às 21h00.
A continuar a espalhar cultura pelo Algarve, o Festival Verão Azul contará com iniciativas pela região algarvia até este sábado, dia 20 de Novembro.
No Teatro das Figuras, a peça “A Importância de Ser Alan Turing”, de Miguel Bonneville, subirá ao palco esta sexta-feira, «num espetáculo sobre a vida e obra de Alan Turing, matemático, criptoanalista e cientista da computação de primeira geração», começa por dizer o Teatro das Figuras.
«Mais conhecido por ter ajudado a decifrar os códigos da máquina alemã Enigma, durante a IIª Guerra Mundial, evitando que a guerra se prolongasse por mais tempo, Turing foi também pioneiro na proposta da inteligência artificial».
Em “A Importância de Ser Alan Turing” desenvolve-se «um olhar obsessivo sobre o corpo e sobre o seu encontro com a música electrónica», explica.
Nesta criação, Bonneville é acompanhado pela artista sonora Clothilde, e pelos seus sintetizadores modulares, muito semelhantes a um computador do início do século passado, ambos procurando entranhar-se num «mundo de fantasmas que viajam pelos fios», criando música para indisciplinar os corpos.
Já no dia seguinte, 20 de Novembro, o Teatro das Figuras recebe “Cantos de Trabalho Impossíveis” dos ZA!. O projeto, desenvolvido por Eduard Pou e Pau Rodríguez, propõem um «espetáculo-percurso baseado em canções de trabalho novas e impossíveis, associadas às profissões de hoje, atualizando o repertório tradicional das canções de trabalho algarvias centradas na agricultura e na pesca».
A partir do diálogo com a estrutura tradicional das canções de trabalho, que «costumam ser canções rítmicas cantadas a cappella por quem realiza tarefas físicas e repetitivas, seja para se sincronizar com os outros, para combater o tédio, para levantar o ânimo ou, simplesmente, para não se sentir sozinho», os ZA! vão procurar melodias e ritmos que possam acompanhar novos lugares, novos gestos, novos trabalhos e novas realidades sociais.
O resultado é uma obra etno-musicológica feita através da experimentação e do humor.
Em Faro as canções dos ZA! serão apresentadas numa iniciativa que decorrerá a pé por diferentes locais de trabalho contemporâneos, do hotel ao centro comercial, e que terminará no Teatro das Figuras.
O Festival Verão Azul irá ainda ter iniciativas noutros locais da cidade como: “Histórias Magnéticas” a terem lugar esta terça-feira, 16 de Novembro, com duas sessões às 10h00 e às 14h00 ou a peça de teatro “Ele escreveu por 25 tostões”, no dia 18, às 21h30, no LAMA Black Box.
Ainda haverá espaço para o “Faro Oeste”, um espetáculo acompanhado por uma instalação fotográfica, que será apresentado este sábado, dia 20, no Museu Municipal e, ainda neste dia, terá lugar a festa de encerramento do festival na Associação Recreativa e Cultural de Músicos, às 23h00.
A programação completa do festival poderá ser consultada aqui.
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