Loulé: Habitação, clima e Câmara mais eficiente são prioridades de Aleixo para «quatro anos exigentes»

Um dos grandes desafios é a «revisão do PDM» de Loulé

Foto: Pedro Lemos | Sul Informação

Vai ser um «mandato de fecho de um projeto político», com o acesso à habitação, o clima e a simplificação e modernização administrativa como prioridades durante os próximos quatro anos. Vítor Aleixo tomou posse esta quarta-feira à noite, 13 de Outubro, como presidente da Câmara de Loulé, numa cerimónia em que também confessou que a revisão do Plano Diretor Municipal (PDM) é um dos principais desafios. 

O Cineteatro Louletano foi palco da instalação dos órgãos autárquicos até 2025, com a tomada de posse do novo executivo e de todos os membros da Assembleia Municipal de Loulé.

Não esquecendo «os níveis de abstenção que não podemos ignorar» (em Loulé votaram apenas 40,70% dos eleitores), Vítor Aleixo, que cumprirá o seu último mandato, garantiu, no seu discurso, que trabalhar «para as pessoas será o alfa e ómega deste executivo».

De resto, o PS tem larga maioria – com seis vereadores contra dois da coligação encabeçada pelo PSD e um do Chega – o que permitirá ao presidente da Câmara de Loulé margem de manobra.

Para este mandato, há, para Vítor Aleixo, «três eixos fundamentais».

Além do acesso à habitação, «carência que enfrentam alguns milhares de cidadãos que vivem e trabalham no nosso concelho», as alterações climáticas continuarão também no topo das prioridades.

 

Presidente Vítor Aleixo a tomar posse

 

«Teremos uma forte política ambiental para que cumpramos o nosso dever ético para com as futuras gerações. Os desafios são enormes. Este é um problema global, mas é localmente que as soluções têm de ser encontradas. Este é um dossier de grande responsabilidade que vamos continuar a desenvolver», disse Vítor Aleixo, em declarações aos jornalistas, já após a tomada de posse.

Por último, a simplificação e modernização administrativas é a última destas três «bandeiras».

«São sabidas as dificuldades burocráticas que os cidadãos encontram. Não é apenas o licenciamento urbanístico: isso também acontece com meros requerimentos de certidões e outros documentos necessários. Este é um problema para ser encarado com o objetivo de o resolver o mais rapidamente possível», garantiu.

Quanto aos principais projetos para este mandato, Vítor Aleixo falou do Geoparque Algarvensis, que junta também os municípios de Albufeira e Silves, dos edifícios do Algarve Biomedical Center, que serão construídos em Loulé e Vilamoura, da aposta na produção de conteúdos cinematográficos (com os novos estúdios que nascerão numa antiga fábrica de cerveja) e «em outras modalidades económicas fora do binómio turismo-praia».

Um dos grandes desafios, como o próprio presidente da Câmara confessou, é a «revisão do PDM» de Loulé que tem de estar concluída «até 2022».

«É um desafio muito exigente, mas não podemos descansar um minuto que seja na gestão desse dossier», disse aos jornalistas.

Questionado sobre se este será um mandato de continuidade, Vítor Aleixo, que lidera a autarquia desde 2013, considerou que este será o «fecho de um projeto político que foi aquele que tive desde o primeiro dia».

«Queremos alavancar a atividade económica. Os próximos quatro anos irão ser extremamente exigentes – com obras estruturantes no equipamento da saúde, educação e património cultural, da mobilidade, da eficiência hídrica, do abastecimento de água e esgotos e da reflorestação. Procurarei dignificar a política e trabalhar para o bem público para que, no futuro, possa deixar a outros um concelho mais moderno, mais amigável e onde dê gosto viver», concluiu.

 

Carlos Silva Gomes

 

Esta cerimónia de tomada de posse ficou ainda marcada pela mudança de líder na Assembleia Municipal. Hugo Nunes, o antigo presidente, deixou a vida autárquica – com um discurso em que falou da honra de ter pertencido à AM e a vários executivos da Câmara desde 1997 – e Carlos Silva Gomes é o novo presidente da Assembleia Municipal de Loulé.

O antigo Governador Civil e comandante da GNR no Algarve garantiu que trabalhará sempre «em prol do desenvolvimento do concelho», esperando que a Assembleia Municipal seja um «espaço de debate», mas onde qualquer «falta de respeito será uma falta de respeito para com os cidadãos eleitores».

Joana Guerreiro da Conceição e Fernando Pereira Marques, ambos do PS, que foi a única força política que apresentou uma lista, foram eleitos 1º e 2º secretários da mesa da Assembleia Municipal de Loulé, com 26 votos a favor e 9 abstenções.

 

Fotos: Pedro Lemos | Sul Informação

 

 

 



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