Um “jovem” Amaral desafia o recordista Osvaldo Gonçalves na luta pela Câmara de Alcoutim

Há quatro candidatos à Câmara

Foto: Pedro Lemos | Sul Informação

Em Alcoutim, há apenas quatro candidatos à Câmara, mas nem por isso deixa de haver pontos de interesse. É que, mesmo sem regressar, o anterior presidente de Câmara (PSD) acaba por “estar presente”, para tentar baralhar as contas a Osvaldo Gonçalves (PS), atual detentor do cargo e recandidato.

Confuso? Nós explicamos.

Osvaldo Gonçalves, candidato do PS que, em 2013, foi eleito presidente e interrompeu uma hegemonia do PSD que durava há 20 anos (cinco mandatos), procura ser reeleito para aquele que será o seu 3º e último mandato consecutivo como responsável máximo do município alcoutenejo.

Há quatro anos, o antigo bancário conseguiu o melhor resultado alguma vez alcançado por um candidato à Câmara de Alcoutim, em toda a história da democracia, pelo que tudo indica que parta bem posicionado para ser reconduzido no cargo.

O PSD, no entanto, não baixou os braços e, talvez perante a impossibilidade de candidatar, novamente, Francisco Amaral, que é atualmente o presidente da vizinha Câmara de Castro Marim e recandidato ao cargo, escolheu…o sobrinho do antigo presidente.

O candidato dos social-democratas é Carlos Ludovico, engenheiro agrónomo e técnico da Direção Regional de Agricultura e Pescas, que também inclui no seu rol de apelidos Caimoto e Amaral, os mesmos do seu tio.

Carlos Ludovico foi assessor de Francisco Amaral na Câmara de Alcoutim entre 1999 e 2002, sendo posteriormente promovido a adjunto (2002 a 2006).

A CDU, a única outra força que tem apresentado sempre listas candidatas à Câmara de Alcoutim desde as primeiras Autárquicas após o 25 de Abril, em 1976, vai a votos com Luísa Barros, professora e formadora.

A outra candidatura é do CHEGA, que propõe a empresária Maria da Conceição Cavaco como cbeça-de-lista à Câmara.

Nos demais órgãos autárquicos, a luta é feita a três, como tem acontecido nas Autárquicas mais recentes, uma vez que o CHEGA só se candidata ao município.

Na Assembleia Municipal, o cabeça de lista do PS não é José António Moreira, atual presidente deste órgão, mas sim António Matias, tenente-coronel reformado da Guarda Nacional Republicana e advogado.

O PSD apresenta uma lista encabeçada por Rui Ribeiros da Cruz, antigo vice presidente da Câmara e que presidiu à AM entre 2009 e 2013. O candidato da CDU é José António Teixeira, técnico de manutenção e segurança.

Nas Juntas, o PS conseguiu o pleno das quatro freguesias do concelho em 2017 e vai recandidatar todos os atuais presidentes.

João Carlos Simões volta a ser o candidato socialista na freguesia de Alcoutim e Pereiro, onde também são candidatos Francisco Nunes Braz (PSD) e Maria de Fátima Marques (CDU).

Em Martim Longo, o atual presidente Paulo José Ginja vai disputar a junta nas urnas com Mário Nunes (CDU) e Jorge Rosa Ferreiro (PSD)

A freguesia de Vaqueiros, atualmente dirigida por Perpétua Martins, além da presidente em exercício, terá como candidatos Ana Cristina Lourenço (PSD) e Manuel Guilhermino Marques (CDU).

Em Giões, José Afonso é o atual presidente e terá pela frente Leonel Nunes (CDU) e Avelino Cardeira (PSD).

No que toca à adesão às urnas, foi muito elevada em Alcoutim, nas últimas eleições. Nas Autárquicas de 2017, votaram 1983 alcoutenejos, de um universo de 2557 inscritos, uma afluência de 77,55% (a abstenção foi de 22,45%).

O PS obteve 66,11% dos votos (4 mandatos), o PSD teve 24,81% (1 vereador) e a CDU 4,69%.

 

 

 

Nota: Corrigido no dia 25 de Setembro, às 13h00, o nome do atual presidente e recandidato do PS à Junta de Martin Longo, que é José Ginja e não José Graça, como referimos, por lapso.

 

 



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