«Foi uma luta muito renhida», admitiu ao Sul Informação, Ana Paula Martins, que ontem foi eleita presidente da Câmara de Tavira, mantendo esta autarquia nas mãos do PS.
Agora, disse a autarca, sem esconder a sua satisfação pela vitória suada, há que pensar no futuro e avançar com projetos. A prioridade principal está, de resto, bem identificada: a habitação.
Ana Paula Martins já é, atualmente, a presidente do município tavirense, mas esta é a primeira vez que é eleita como responsável máxima pela autarquia, uma vez que assumiu a cadeira do poder a meio do mandato que agora termina, devido à saída de Jorge Botelho.
Esta «mudança de ciclo», como lhe chama, é a explicação que dá para as dificuldades que sentiu para vencer Dinis Faísca, do PSD, nas urnas – a diferença foi de 123 votos.
«Houve aqui uma alteração. Fechou-se o ciclo do Jorge Botelho e isso deu alento ao principal partido da oposição para tentar conquistar a Câmara», enquadrou.
Ana Paula Martins também apostou «numa equipa nova, com muitas alterações».
Por causa disto, disse a atual e futura presidente da autarquia, o PSD «foi com tudo, com os pesos pesados, incluindo um antigo presidente da Câmara, o engenheiro Macário Correia». Como diz o povo, os social-democratas «puseram a carne toda no assador», diz.
No final, mesmo com a grande proximidade entre os dois partidos mais votados, o PS manteve a maioria (quatro mandatos contra três do PSD).
A disputa renhida não foi apenas para a Câmara, mas «para todos os órgão e freguesias», onde houve uma surpresa.
«A perda de Cachopo foi um resultado inesperado, até porque a presidente [Otília Cardeira] era recandidata», admitiu Ana Paula Martins.
Ainda assim, o PS manteve as outras quatro juntas do concelho, o que lhe permitirá ter a maioria na Assembleia Municipal, apesar de no voto popular ter sido a lista do PSD, encabeçada por Macário Correia, a vencer.
Desta forma, o PS vai contar com 15 elementos na AM (10 eleitos diretamente mais cinco presidentes de juntas, membros por inerência), o PSD terá 11 (10 eleitos e um presidente de junta) e o CHEGA um deputado municipal, eleito diretamente.
Desta forma, Ana Paula Martins vai ter condições para governar de forma tranquila e de levar avante os seus projetos.
E, como já referimos, o mais emblemático, na visão da autarca, é o da «habitação a custos controlados e rendas apoiadas».
Esta é uma prioridade, até porque «já assinámos os contratos com o IHRU». A ideia é garantir que há casas a preços acessíveis para os tavirenses, nomeadamente para os com menor poder de compra.
«Também a área da saúde vai merecer a nossa atenção, bem como a economia, que queremos dinamizar, de modo a criar mais emprego. Vamos apostar forte no relançamento económico pós-pandemia», disse.
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