Covid-19: Infarmed afasta necessidade de terceira dose de vacina

Após Espanha ter anunciado que vai administrar mais uma dose da vacina

O regulador nacional do medicamento afastou hoje a necessidade de reforço da vacinação contra a Covid-19 com uma eventual terceira dose, após Espanha ter anunciado que vai avançar com a medida.

Num esclarecimento sobre a terceira dose e novos contratos de vacinas para a Covid-19, o Infarmed – Autoridade Nacional do Medicamento e Produtos de Saúde refere que «a informação disponível até à data não permite concluir sobre a necessidade, e momento, de realização de reforço vacinal, prevendo-se, portanto, o esquema vacinal aprovado na Autorização de Introdução no Mercado atribuída pela Agência Europeia de Medicamentos».

Em Portugal são administradas vacinas de unidose (Janssen) e de duas doses intervaladas (Pfizer/BioNTech, Moderna e AstraZeneca).

Espanha confirmou ontem, através da ministra da Saúde, Carolina Darias, que será administrada no país uma terceira dose, tendo sido assinados contratos com as farmacêuticas com esse fim, embora esteja por decidir quando tal sucederá.

No esclarecimento, o Infarmed ressalva, no entanto, que, em conjunto com a Direção-Geral da Saúde, está «a acompanhar os dados técnico-científicos à medida que estes se encontram disponíveis, nomeadamente visando a ponderação, no Plano de Vacinação contra a Covid-19, da eventual necessidade de doses adicionais ao esquema aprovado para algumas populações mais vulneráveis».

O regulador acrescenta que, para «acautelar uma possível terceira dose», bem como «o desenvolvimento de vacinas adaptadas a novas variantes» do novo coronavírus, Portugal tem «dois contratos estipulados, cujo volume de vacinas ultrapassa os 14 milhões, com os laboratórios BioNTech/Pfizer e Moderna».

Adicionalmente, para 2023, o país contratualizou com o consórcio BioNTech/Pfizer mais de 10 milhões de vacinas.

O Infarmed salienta que, «a acrescentar aos referidos volumes, poderão ainda chegar a Portugal mais vacinas, no âmbito de futuros contratos, com algumas das vacinas ainda em avaliação» pelo regulador europeu.

 

 



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