Algarve mantém 14 concelhos em risco elevado ou muito elevado, mas há novidades

Acaba de anunciar a ministra Mariana Vieira da Silva

Imagem de Arquivo – Foto: Pedro Lemos

O Algarve mantém 14 concelhos em risco elevado ou muito elevado, aqueles que estão sujeitos a regras mais apertadas, mas há novidades em relação à última semana:  Alcoutim entra, Monchique sai e todas as outras estão juntas no lote de risco mais alto, segundo acaba de anunciar a ministra Mariana Vieira da Silva.

Também nova é a entrada de Aljezur para a lista de concelhos em alerta, ou seja, que se arriscam a ficar sujeitos a restrições, caso a  situação não melhore.

Segundo os dados diários da incidência de Covid-19 recolhidos pela Administração Regional de Saúde do Algarve, Aljezur tinha, no dia 20, uma incidência de 268 casos/100 mil habitantes, acima do limite de 240 definido para os concelhos de baixa densidade. Mas como é apenas a primeira semana em que tal acontece, ficou apenas sob alerta.

Precisamente baseando-se nesses dados da ARS Algarve, o presidente da Câmara de Monchique tinha protestado, na semana passada, contra a inclusão do seu concelho entre os que ficaram sujeitos a restrições, salientando que nunca este município esteve acima dos 240 casos por 100 mil habitantes, a barreira a partir da qual seria considerado como de risco elevado. E, ainda que tal tivesse acontecido, seria a primeira semana, pelo que, no máximo, deveria ter sido colocado na lista dos concelhos sob alerta.

O autarca tinha mesmo considerado essa inclusão do seu concelho de baixa densidade como «um erro clamoroso», exigindo a sua retirada…mas isso só veio a acontecer agora, quando Monchique tem uma taxa de incidência de 181/100 mil hab.

As (muitas) entradas e saídas de concelhos da lista de risco elevado e muito elevado foram a única novidade resultante do Conselho de Ministros de hoje, no que toca ao desconfinamento, uma vez que, como salientou a ministra de Estado e da Presidência, esta semana não houve alterações às regras.

«As decisões do governo sobre regras futuras serão tomadas depois de reunião de terça-feira com o Infarmed e não faz sentido antecipar», disse Mariana Vieira da Silva.

«A partir momento em que tivemos disponível o certificado de vacinação, temo-lo usado em várias atividades. Aguardemos a evolução. O governo sempre disse que, quando uma boa percentagem da população estivesse vacinada com duas doses, haveria mudança de políticas. Aproximamo-nos desse momento», acrescentou.

Desta forma, continua em vigor a obrigatoriedade de apresentar o certificado de vacinação ou um teste negativo à Covid-19 para comer dentro de um restaurante, ao fim de semana, continua em vigor, bem como o recolher obrigatório às 23h00. Esta regra é válida para os 14 concelhos de risco.

 

 

 

Nos concelhos de risco elevado, o teletrabalho é obrigatório sempre que as atividades o permitam e os restaurantes, cafés e pastelarias podem funcionar até às 22h30 (no interior, com um máximo de 6 pessoas, e, em esplanada, 10).

Os espetáculos culturais funcionam até às 22h30 e todas as lojas podem estar abertas até às 21h00. Quanto aos casamentos e batizados são autorizados a ter 50% da lotação.

 

Já nos concelhos de risco muito elevado, além de o teletrabalho ser obrigtório, restaurantes, cafés e pastelarias só podem ter seis pessoas na esplanada e quatro no interior.

Os supermercados e o comércio a retalho podem funcionar até às 21h00 durante a semana e até às 19h00 ao fim de semana e feriados.

Quanto às lojas do ramo não alimentar, são autorizadas a funcionar até às 21h00, durante a semana, e até às 15h30, ao sábado, domingo e feriados.

Tomando por base os dados relativos à incidência por concelho à data de 21 de Julho, foram introduzidas alterações no que respeita aos municípios abrangidos por cada uma das fases de desconfinamento:

– As medidas de risco elevado aplicam-se aos municípios de Águeda, Alcobaça, Alcoutim, Amarante, Anadia, Arruda dos Vinhos, Avis, Barcelos, Bombarral, Braga, Cadaval, Caldas da Rainha, Cantanhede, Cartaxo, Castelo de Paiva, Castro Marim, Chaves, Coimbra, Constância, Elvas, Estarreja, Fafe, Felgueiras, Figueira da Foz, Guarda, Guimarães, Leiria, Marco de Canaveses, Marinha Grande, Mogadouro, Montemor-o-Novo, Montemor-o-Velho, Murtosa, Óbidos, Ourém, Ovar, Paços de Ferreira, Paredes de Coura, Penafiel, Porto de Mós, Rio Maior, Salvaterra de Magos, Santa Maria da Feira, Santarém, Santiago do Cacém, São João da Madeira, Serpa, Torres Vedras, Trofa, Valpaços, Viana do Castelo, Vila do Conde, Vila Real, Vila Viçosa e Vizela.

– As medidas de risco muito elevado aplicam-se aos municípios de Albergaria-a-Velha, Albufeira, Alcochete, Alenquer, Aljustrel, Almada, Amadora, Arraiolos, Aveiro, Azambuja, Barreiro, Batalha, Benavente, Cascais, Espinho, Faro, Gondomar, Ílhavo, Lagoa, Lagos, Lisboa, Loulé, Loures, Lourinhã, Lousada, Mafra, Maia, Matosinhos, Mira, Moita, Montijo, Nazaré, Odivelas, Oeiras, Olhão, Oliveira do Bairro, Palmela, Paredes, Pedrógão Grande, Peniche, Portimão, Porto, Póvoa de Varzim, Santo Tirso, São Brás de Alportel, Seixal, Sesimbra, Setúbal, Silves, Sines, Sintra, Sobral de Monte Agraço, Tavira, Vagos, Valongo, Vila do Bispo, Vila Franca de Xira, Vila Nova de Famalicão, Vila Nova de Gaia, Vila Real de Santo António e Viseu.

– Entram em alerta os municípios de Aljezur, Almeirim, Almodôvar, Amares, Beja, Bragança, Celorico de Basto, Cinfães, Cuba, Entroncamento, Esposende, Évora, Freixo de Espada à Cinta, Mealhada, Miranda do Douro, Mirandela, Montalegre, Moura, Odemira, Oliveira de Azeméis, Pombal, Ponte de Lima, Póvoa de Lanhoso, Resende, São João da Pesqueira, Tomar, Torres Novas, Vale de Cambra, Vila Pouca de Aguiar.

 

 

 



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