Número elevado de casos nas escolas pode indicar que vírus mudou «qualquer coisa»

Há 42 turmas em isolamento no Algarve

O aumento de casos entre crianças, e a maior facilidade de contágio entre elas, pode indicar uma alteração no vírus da Covid-19, admitiu, esta segunda-feira, Ana Cristina Guerreiro, delegada regional de saúde do Algarve, em conferência de imprensa. A responsável revelou também que há 13 surtos na região em creches, jardins de infância ou escolas do primeiro ciclo.

Segundo Ana Cristina Guerreiro, «notámos que, nesta fase, a partir de 15 de Março, com a reabertura das escolas, havia um maior número de crianças positivas do que em situações anteriores. Julgamos, por isso, que o vírus mudou qualquer coisa e esteja a atingir grupos etários mais novos. Notamos uma maior taxa nas crianças e temos exemplos de casos de infeção entre elas que conseguiram criar mais de 20 casos secundários».

Mas há outras indicações de que o vírus está a mudar, uma vez que as crianças, além de testarem positivo, apresentam sintomas mais frequentemente.

«Há mais crianças com sintomas: diarreia, tosse, rinorreia. São sintomas leves, mas esse aumento verifica-se», adiantou.

De acordo com a responsável, desde a reabertura das escolas, foram identificados 101 casos de Covid-19 em estabelecimentos de ensino, no Algarve, entre alunos e funcionários, e foi necessário colocar 42 turmas em isolamento.

Um dos 13 surtos em estabelecimentos de ensino da região foi identificado no Montenegro, no concelho de Faro, que obrigou ao encerramento da escola.

Ana Cristina Guerreiro adiantou que, nesta situação, «foram testados quase todos os alunos e funcionários da escola. É apenas uma escola, mas tem dois edifícios. Nos últimos três dias, foram feitos mais testes e tivemos mais crianças positivas, mais 3 ou 5, mas consideramos que temos a situação epidemiológica contida», concluiu.

 

 



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