Costa diz que teremos de manter atual nível de confinamento durante Março

«Confinamento está a produzir resultados», mas ainda não é tempo para abrandar

Foto: Alexandros Michailidis/Shutterstock

António Costa disse, esta quinta-feira, 11 de Fevereiro, que «teremos de manter o atual nível de confinamento» durante o mês de Março.

O primeiro-ministro falou depois da reunião do Conselho de Ministros, realizada hoje, e após a renovação do Estado de Emergência até 1 de Março, pelo Parlamento.

No essencial, mantêm-se tudo igual, com, por exemplo, as escolas encerradas e o dever cívico de recolhimento. A única diferença é que os estabelecimentos abertos vão poder passar a vender livros e material escolar.

Segundo o primeiro-ministro, o confinamento «está a produzir resultados», com a «redução significativa do índice de transmissão», o Rt, que está nos 0,77, o valor «mais baixo que o país teve desde o início da pandemia».

Ainda assim, os dados «ainda não são suficientes para aligeirar as medidas», uma vez que, além de atrasos na vacinação, também há os «riscos das novas variantes».

«Temos de manter esforço para diminuir casos, internamentos e óbitos. A situação continua a ser extremamente grave. Não nos podemos conformar com os números que ainda temos, que são inaceitáveis, se compararmos com os óbitos da primeira vaga», acrescentou.

Em relação ao desconfinamento – e quando é que ele acontecerá -, o primeiro-ministro disse que «é extremamente prematuro trazer esse debate para a opinião pública».

Mesmo em relação às escolas, António Costa assumiu que é «prematuro pensar se vamos poder regressar ao ensino presencial antes ou depois das férias da Páscoa».

«Pode induzir em erro os cidadãos, pensarem que o desconfinamento pode começar para a semana ou daqui a 15 dias. Concentremo-nos em continuar a cumprir medidas, com o sentido de sacrifício que implicam para todos, mas neste momento seria precipitado discutir. Faltam várias semanas para acabar confinamento», adiantou.

António Costa abordou ainda a questão das vacinas, dizendo que a capacidade de vacinação é menor do que o previsto devido aos atrasos na produção.

«O nosso problema não é distribuição, nem termos profissionais: o problema está fora de Portugal e fora do nosso controlo e é a capacidade de produção da indústria», disse.

Quanto à Páscoa, que se assinala a 4 de Abril, o primeiro-ministro garantiu que «seguramente não será a Páscoa que conhecemos».

 

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