Água armazenada nas bacias hidrográficas do Algarve aumenta em Janeiro

Bacia das Ribeiras do Algarve é, ainda assim, aquela com menor percentagem de água armazenada, em todo o país

Barragem de Odelouca – Foto: Águas do Algarve

O volume de água armazenada nas bacias hidrográficas do Algarve aumentou em Janeiro, em relação a Dezembro de 2020. Ainda assim, é a bacia das Ribeiras do Barlavento, na região algarvia, aquela que tem o nível mais baixo, e de longe, em todo o país, apenas 22,8%.

Na prática, isto significa que a Barragem da Bravura (Lagos), a única albufeira existente nesta bacia hidrográfica, está com os mesmos 22,8% de volume total de água armazenada (era de 21,4% no final de 2020).

Os anos hidrológicos de 2019/2020 e de 2020/21 foram, de resto, atípicos, com as disponibilidades hídricas desta bacia hidrográfica a andar bem abaixo da média, no que toca aos volumes de água armazenados.

Ainda assim, na bacia do Arade, a outra existente no Barlavento Algarvio, a situação não é tão preocupante, com os níveis a subir dos 55,2% para os 55,8% de Dezembro para Janeiro.

A maior variação verificou-se na Barragem do Funcho (Silves), que subiu para os 72,1% da sua capacidade total (no final do mês anterior tinha 70,9%).

Já Odelouca (Monchique/Silves), a maior albufeira da região e uma das barragens que integram o Sistema Multimunicipal de Abastecimento de Água do Algarve, está a 55,6%, quando no final de Dezembro estava nos 55,5%. Na barragem do Arade (Silves), não houve variação, mantendo-se a disponibilidade hídrica nos 27,5% do volume total de um mês para o outro.

 

Barragem de Odeleite em Setembro de 2020 – Foto: Flávio Costa|Sul Informação

 

Na outra bacia hidrográfica que abrange o Algarve (mas não só), a do Guadiana, a situação geral está entre as melhores do país. Este sistema, que tem como “jóia da coroa” a barragem do Alqueva e se estende desde o Alto Alentejo até Castro Marim, está com um volume global de armazenamento de 67,9% (em Dezembro, estava nos 64,1%).

No que toca às duas barragens algarvias desta bacia, que, com Odelouca, garantem o armazenamento no Sistema Multimunicipal de Abastecimento de Água do Algarve, ambas viram a água que guardam aumentar, ao longo do primeiro mês do ano.

Em Odeleite (Castro Marim), outra grande albufeira da região algarvia, o nível de armazenamento total fixou-se nos 52,6% no final do mês passado, quando, em Dezembro, estava nos 51,1%.

A barragem do Beliche (Castro Marim) tem um volume total de 44,9% (43,6%, no final de 2020).

Desta forma, o Algarve não tem nenhuma barragem no lote das 25 a nível nacional, entre um total de 59, que tem disponibilidades hídricas superiores a 80% do volume total.

Já no lote das 12 situações que geram mais apreensão em Portugal Continental, as albufeiras a menos de 40% da sua capacidade total, enquadram-se as barragens do Arade e da Bravura.

Comparativamente com o mesmo período do ano passado, as disponibilidades hídricas no Sotavento Algarvio aumentaram consideravelmente.

Há um ano, a barragem de Odeleite estava a 40,2% e na de Beliche, a carga total fixava-se nos 33,3% .

Já no Barlavento Algarvio, a situação deteriorou-se, no último ano, na maioria das Albufeiras. No final de Janeiro de 2020, Odelouca estava com um volume total de 52,2, o Funcho tinha 80,1% e o Arade 51,1%. A albufeira da Bravura, estava a 33%.

 

 

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