Bacalhau e Aleixo pedem ao Governo fecho das escolas

Decisão ainda não é oficial, mas Governo deverá mesmo anunciar hoje o fecho das escolas

Rogério Bacalhau e Vítor Aleixo – Foto: Elisabete Rodrigues | Sul Informação – Arquivo

Rogério Bacalhau, presidente da Câmara de Faro, e Vítor Aleixo, autarca de Loulé, escreveram esta quarta-feira, 20 de Janeiro, ao Governo, pedindo o fecho imediato das escolas. Ao que tudo indica, esta será mesmo a decisão do executivo de António Costa.

No caso de Rogério Bacalhau (PSD), a missiva foi endereçada ao primeiro-ministro, começando por relembrar que «os hospitais estão à beira da rutura» e que Portugal vive um «quadro de holocausto».

Nas escolas, diz o autarca farense, «há professores e pessoal não docente com medo – mais medo do que proteção, pois nem à vacina têm direito prioritário».

«Mães e pais atormentam-se, incrédulos com tudo isto, pois percebem que os estabelecimentos escolares deixaram de ser espaços seguros, veem-nos como uma verdadeira ameaça para alunos, pais, professores e auxiliares educativos. E a pergunta surge, naturalmente, nas salas de professores: de que estamos à espera para meter toda esta gente em segurança?», lê-se na carta.

Vítor Aleixo (PS), por sua vez, escreveu a Tiago Brandão Rodrigues, ministro da Educação, mas a mensagem é a mesma: fechar as escolas.

Num post no Facebook, o autarca explica que, «face ao galopar dos números da pandemia, particularmente nas escolas, pareceu-me ser esta a posição mais correta em nome da defesa da saúde de todos nós».

«Os senhores diretores dos vários Agrupamentos Escolares foram já informados – e todos concordaram – desta diligência camarária», diz ainda Vítor Aleixo.

A autarquia garante ainda que continuará a dar apoio alimentar, caso as escolas fechem mesmo, «aos alunos dos Escalões A e B, tal como foi feito durante o primeiro confinamento em Março/Abril».

Quanto a Rogério Bacalhau, faz questão ainda de pedir mais esforços a nível dos cuidados de saúde.

«Enquanto este drama se desenrola nos hospitais públicos, o privado mantém-se inexplicavelmente à margem do esforço – e bastava uma decisão de Vossa Excelência para que isto mudasse. Uma decisão», conclui.

 



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