Tavira, VRSA e Lagos vão alojar sem-abrigo em apartamentos partilhados

Ministra Ana Mendes Godinho realçou o facto de se estarem a «encontrar soluções alternativas» para a «integração» dos sem-abrigo

É uma «solução alternativa» que permite «uma resposta personalizada». Tavira, Lagos e Vila Real de Santo António vão ter, «a partir do final do mês de Dezembro ou do início de 2021», apartamentos para serem partilhados por pessoas que estão em situação de sem-abrigo.

Esta é uma resposta que surge de uma parceria entre o Ministério do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, o Instituto de Segurança Social, as Câmaras Municipais e também o Movimento de Apoio à Problemática da SIDA (MAPS) e a Delegação de Vila Real de Santo António da Cruz Vermelha Portuguesa.

As entidades juntaram-se esta terça-feira, 24 de Novembro, no Centro Distrital de Faro da Segurança Social, para assinarem os protocolos de colaboração que permitirão avançar com esta iniciativa, numa cerimónia que contou com a presença da ministra do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social.

Ana Mendes Godinho realçou o facto de se estarem a «encontrar soluções alternativas» para a «integração» dos sem-abrigo.

 

 

«É um modelo que permite, em parceria com as autarquias, encontrar apartamentos que são partilhados por estas pessoas e que terão um acompanhamento multidisciplinar, por psicólogos, assistentes sociais para garantir uma resposta personalizada a cada pessoa com vista à sua reintegração», considerou, em declarações aos jornalistas.

Margarida Flores, diretora do Centro Distrital de Faro da Segurança Social, estimou que o acolhimento dos primeiros sem-abrigo aconteça «no final do mês de Dezembro ou no início do mês de Janeiro», explicando ainda que foram as autarquias a ceder os apartamentos.

«Os edifícios foram libertados, estavam alguns em mau estado, a ser arranjados, pintados e são os municípios que estão a tratar disso», acrescentou.

Esta iniciativa será operacionalizada, em Tavira e Lagos, pelo MAPS, com um projeto chamado “TMN (Tua, Minha, Nossa).

Em cada uma das cidades serão acolhidas 10 pessoas, em regime «de habitação partilhada», mas «com todas as condições também ao nível da alimentação e higiene», explicou Fábio Simão, presidente do MAPS. No fundo, serão dadas «coisas que todos achamos básicas», como «o conforto de um teto, o quente de uma cama e um banho», realçou.

A sinalização dos sem-abrigo será feita pelos diferentes Núcleos de Planeamento e Intervenção Sem-Abrigo (NPISA), havendo, depois, um processo que envolve a elaboração de diagnósticos aos candidatos.

 

 

Em Vila Real de Santo António, será a Cruz Vermelha Portuguesa a operacionalizar esta iniciativa, com o projeto “Renascer”. Nesta cidade, apenas serão acolhidas cinco sem-abrigo.

E por que é que foram escolhidos estes três municípios? Margarida Flores, diretora Centro Distrital de Faro da Segurança Social, explicou aos jornalistas que, «quando o concurso foi aberto, nem todos os municípios tinham ainda Núcleos de Planeamento e Intervenção Sem-Abrigo.

«Agora, estamos a aguardar que mais avancem, como Loulé e Portimão», realçou a responsável.

Certo é que a problemática dos sem-abrigo tende a aumentar como efeito da pandemia da Covid-19, havendo, por outro lado, uma «maior preocupação centrada nesta temática».

O objetivo é sempre o mesmo: «apoiar todos, sem olhar a raça ou credo: só à pessoa».

 

Fotos: Pedro Lemos | Sul Informação

 

 

 

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