Ministério Público acusa EDP e trabalhador pelo incêndio de 2018 em Monchique

A acusação deduzida pelo MP alega que foi a negligência da empresa e de um dos seus funcionários que provocaram o grande incêndio de 2018

A EDP Distribuição e um trabalhador da empresa estão a ser acusados pelo Ministério Público pelo crime de incêndio florestal por negligência, devido ao grande incêndio de 2018, que começou em Monchique e se alastrou a concelhos vizinhos, nomeadamente a Silves, causando muitos estragos.

O Ministério Público da secção de Portimão do DIAP de Faro deduziu acusação contra a empresa e um funcionário seu por existirem «fortes indícios de que o incêndio em causa, iniciado em 3 de Agosto de 2018 na zona de Monchique, no Algarve, foi causado pelo contacto repetido de um cabo elétrico de média tensão com ramos de eucaliptos na zona de Perna Seca, em Taipas, Monchique».

Ainda segundo a acusação, «a EDP e o seu trabalhador não mantiveram limpa, como deviam, uma faixa de segurança adequada junto ao referido cabo».

O incêndio em causa, recorda o Ministério Público, «foi combatido por dezenas de corporações de bombeiros de todo o país, lavrou durante sete dias, consumiu uma área florestal de 26.885 hectares dos concelhos de Silves, Odemira, Portimão e Monchique, bem como 62 casas de primeira habitação, 49 de segunda habitação, matou cerca de 5.600 animais e feriu cerca de 40 pessoas».

A investigação foi dirigida pelo MP do DIAP de Faro, com a coadjuvação da Polícia Judiciária.

 

 




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