Inundações desalojam família em Alfandanga e alagam zona industrial de Loulé

Até agora, CDOS já registou 81 ocorrências

Duas famílias desalojadas no concelho de Olhão, abatimento e inundação de estradas e na zona industrial de Loulé, danos materiais em automóveis por causa da queda de muros na zona de Alcantarilha (Silves), são as principais consequências das chuvas fortes que têm caído ao longo da madrugada e manhã no Algarve.

Fonte do Comando Distrital de Operações de Socorro (CDOS) do Algarve disse ao Sul Informação que, «até ao momento», foram registadas 81 ocorrências em toda a região, com especial incidência nos concelhos de Olhão, Loulé, Silves e Albufeira.

O caso mais grave é o de uma família em Alfandanga (Olhão) que, logo pela manhã, ficou desalojada depois de a sua casa ter sido inundada. António Miguel Pina, presidente da Câmara de Olhão, disse ao nosso jornal que «a família já está a ser apoiada pelos Serviços Sociais do Município, tendo sido acolhida em casa de familiares».

No mesmo concelho de Olhão, mas em Quelfes, outra casa ficou «inabitável», quando o teto caiu, devido à chuva. A senhora que aí morava foi também alojada noutro local.

O presidente António Pina acrescentou que, desta vez, «a zona mais fustigada pelas chuvas fortes foi o norte do concelho, nas freguesias rurais de Moncarapacho e Quelfes». Além dos desalojados, houve ainda «transvase de ribeiras para as estradas, queda de muros e outros estragos», acrescentou.

No concelho de Silves, segundo revelou o CDOS ao Sul Informação, a zona mais afetada foi a de Alcantarilha, tendo-se registado «danos materiais». No Sítio das Marinhas, um muro caiu sobre um veículo, enquanto na própria vila de Alcantarilha, um outro muro caiu sobre sete veículos que se encontravam estacionados, provocando estragos avultados.

Em Loulé, houve inundações em muitos locais, mas o destaque vai para a zona industrial de Loulé – curiosamente junto à sede do CDOS – onde «a água subiu de nível», inundando «vários armazéns» e outras estruturas.

Até agora, já estiveram envolvidos no socorro a todas estas situações 61 veículos e 144 operacionais.

Aliás, desde as 4h00 da manhã, quando a chuva começou a cair com mais intensidade em toda a região algarvia, que os bombeiros não tiveram descanso, até ao final da manhã, pelo menos.

Houve situações de inundação, queda de muros ou aluimentos de terras em Alfandanga, Caliços, Fuzeta, Moncarapacho, Lagoão, Bias (concelho de Olhão), Estação de Loulé, Parque Industrial e Comercial de Loulé, Semino, Quarteira, Almancil, Poço Geraldo, Campina de Baixo, Vila Sol (concelho de Loulé), Tunes, Alcantarilha, Algoz, Messines (concelho de Silves), Patroves, Guia (concelho de Albufeira), e ainda em diversos locais da freguesia de Conceição e Estoi, no concelho de Faro.

Apesar de se manter o tempo nublado e de chuva, prevê-se que durante a tarde desta segunda-feira as condições possam desagravar-se. No entanto, o IPMA manteve o aviso amarelo devido a «precipitação, por vezes forte, e acompanhada de trovoada» até às 18h00 de hoje.

 

 

 

 

 

 

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