A programação cultural do “365 Algarve” chegou «a mais de 450 mil pessoas», nas quatro edições que já se realizaram do evento, segundo os organizadores da iniciativa.
Numa altura em que a presente edição deste programa de animação cultural e turística da região algarvia está a chegar ao fim – e nãos e sabe ainda se haverá edição em 2021 -, o Turismo do Algarve, que dinamiza o evento com a chancela das Secretarias de Estado do Turismo e da Cultura e financiamento do Turismo de Portugal, decidiu fazer um balanço de como é que as coisas correram até aqui.
«Ao longo destas quatro edições o 365 Algarve promoveu o turismo e a cultura durante a época baixa em toda a região algarvia, envolvendo os agentes culturais e turísticos da região e com a avaliação externa da Universidade do Algarve», segundo a equipa do “365 Algarve”.
«Ao todo foram apresentados 1900 espetáculos, entre muitos eventos no interior da região, ao ar livre e em contacto com a natureza, que deram a conhecer o outro Algarve. O 365 Algarve tornou possível conhecer e explorar o território algarvio em eventos peculiares, únicos, em lugares inesperados e não convencionais, sempre num ambiente intimista, proporcionando uma grande proximidade e um verdadeiro encontro entre o público e os promotores e do público entre si. Estima-se que o número total do público do 365 Algarve chegue, no final de Novembro, aos 455 mil visitantes, entre os quais 93 mil representam visitantes estrangeiros», acrescentam.
Ao longo dos anos, o “365 Algarve” apadrinhou o nascimento de várias iniciativas, que se tornaram uma referência.
Destas, os organizadores destacam, desde logo, «o Jazz nas Adegas, que proporcionou ao público uma experiência e um contacto diferenciadores com os Vinhos de Silves através de um encontro com os seus produtores e a música Jazz em concertos em locais pouco usuais, valorizando assim todo o património material e imaterial deste concelho».
Também o Lavrar o Mar é um evento de referência com o selo 365 e foi o responsável pelo novo circo, que animou as noites de Fim de Ano em Monchique, e pelo projeto Medronho, «que levou o Teatro à serra e às destilarias da região e que depois do incêndio de 2018 manteve viva a memória e o trabalho no terreno, promovendo a relação com o território através da cultura do medronho e da tradição familiar».
O Festival do Contrabando «que atravessou o rio Guadiana e, ligando Alcoutim a Sanlúcar através de uma ponte flutuante» e «reavivou a memória coletiva que aquela região tinha do Contrabando do final dos anos 30 e início dos anos 40 do século XX e o converteu num tráfico de artes com um mercado de rua, desfiles, teatro, gastronomia e muita animação», bem como o festival LUZA, «que iluminou os céus e as ruas de Loulé, unindo o vasto território Algarvio da serra até ao mar», e o Algarve Jazz Gourmet Moments, «que aliou verdadeiros ícones do Jazz mundial a experiências gastronómicas nos restaurantes de Lagos, Lagoa e Loulé», são outros exemplos dados
Para celebrar o fim da sua 4ª edição, o 365 Algarve «propôs a várias personalidades com fortes ligações à região algarvia que partilhassem um testemunho em vídeo sobre o “seu” Algarve, uma campanha que está a decorrer nas redes sociais Facebook, Instagram e Youtube do programa cultural».
E o resultado não se tardou a fazer sentir.
«O Algarve tem vários pólos culturais muito fortes, eu acho que existe agora um outro Algarve. O 365 Algarve foi um dos propulsores do novo Algarve, onde a cultura tem diversidade[…], no Algarve de hoje há espaço para tudo e isso deixa-me muito feliz», acredita o músico Mário Laginha.
«Acho uma iniciativa fabulosa, porque a maior parte das pessoas pensa no Algarve na época balnear e acha que o Algarve é só é praia[…], o Algarve é muito mais do que isso. […] o 365 Algarve é uma iniciativa fabulosa para as pessoas conhecerem um outro Algarve e conhecer as várias regiões de outra forma», ilustrou, por seu lado, a atriz Vitória Guerra.
A atual edição do 365 Algarve decorre até Novembro de 2020, depois de ter proporcionado ao público mais de 400 iniciativas culturais, espalhadas por toda a região, entre as quais «mais de uma centena de concertos, cerca de 50 espetáculos de teatro e cerca de cem ações relacionadas com o património da região, entre outros eventos».
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