«Queremos mostrar que o Farense é um clube de I Liga»

Plantel ainda «está em aberto»

Sérgio Vieira – Foto: Pedro Lemos | Sul Informação

O Farense está de regresso ao escalão principal do futebol português, 18 anos depois, e parte com o objetivo de mostrar que «é um clube de I Liga». Quem o diz é o treinador Sérgio Vieira.

Numa altura em que a pré-época está em curso, o técnico dos algarvios deu uma entrevista ao Sul Informação, onde não escondeu que a grande meta do Farense para a temporada que aí vem passa pela «permanência».

«Queremos mostrar que o Farense é um clube de I Liga e que, para isso, tem de estar constantemente na elite e não oscilar, como aconteceu ao longo da história, entre a I e II Ligas», disse.

O objetivo é «estabilizar o clube» no principal escalão do futebol português, o que, ainda assim, não se avizinha fácil.

«Vai ser muito difícil, num campeonato muito competitivo, com equipas que estão há muito tempo na I Liga, outras que se prepararam para isso e ainda algumas com forte investimento», perspetivou o treinador, de 37 anos, que cumprirá a segunda época à frente do Farense.

O segredo para alcançar a tão desejada manutenção passa pela «ajuda de todos». «Com um espírito de trabalho forte, acreditamos que vamos conseguir ou, quem sabe, até superar esse objetivo», considerou Sérgio Vieira.

O calendário das competições profissionais, conhecido na passada sexta-feira, 28 de Agosto, ditou que o Farense vai começar o campeonato na casa do Moreirense. Será um regresso de Sérgio Vieira a Moreira de Cónegos, o clube onde se estreou na I Liga, na época 2017/2018.

 

Treino do Farense – Foto: Bárbara Caetano | Sul Informação

 

«A atitude é sempre a mesma: de jogar para ganhar. De uma forma natural, o aspeto menos positivo é o facto de fazermos já uma deslocação enorme ao Norte, na primeira jornada, mas vamos ter de as fazer», considerou.

Até agora, o Farense já contratou 10 jogadores para a nova época: Rafael Defendi e Ricardo Velho (guarda-redes), Alex Pinto, César e Eduardo Mancha (defesa), Cláudio Falcão e Amine (médios) e Mansilla, Stojiljkovic e Pedro Henrique (avançados).

Falando numa «integração gradual dos reforços, sempre em crescendo», Sérgio Vieira garantiu também que o plantel «ainda está em aberto».

«Na defesa temos uma ou duas posições que temos de rever. Também para o ataque temos de refletir. Este é, acima de tudo, um momento de reflexão e avaliação para que, na primeira jornada, estejamos minimamente preparados para disputar o objetivo que está em jogo e continuemos esse processo até ao encerramento do mercado», disse Sérgio Vieira.

«Poderá também haver saídas. Isto é um processo de reflexão constante de ambas as partes, dos atletas e do clube», acrescentou.

De resto, a preparação da nova época tem tido «um pouco mais de dificuldades» do que no ano passado.

«O clube está-se a preparar, estruturalmente, para a elite do futebol português e estão a ser realizadas muitas obras, iluminação, relvado, bancadas, a academia. No futuro, isso vai trazer inúmeras vantagens, mas, no presente, temos de superar, por exemplo, não termos o São Luís para treinar», lamentou o treinador.

Por isso, o Farense tem andado «constantemente com a casa às costas», com treinos em São Brás de Alportel ou no Estádio Algarve.

 

Sérgio Vieira

 

«Isso é um fator um pouco mais negativo, mas será um passo atrás para dar dois em frente. Não será um entrave para a próxima época. Tal como no ano passado, esperamos ter a capacidade de nos superarmos. O nosso presidente João Rodrigues está, junto de toda a estrutura, a fazer todos os esforços para nos dar outras condições de trabalho, outros espaços para treinarmos e superarmos as dificuldades», concluiu.

O primeiro jogo do Farense em casa será na segunda jornada, marcada para o fim de semana de 27 de Setembro, frente ao Nacional, mas poderá haver um entrave…o relvado do São Luís.

«É um processo em aberto. A única garantia é que o nosso presidente está a fazer o máximo para que joguemos na nossa casa, porque isso é muito importante. Aqui, no mítico São Luís, é que temos a nossa alma e o nosso espírito e o presidente tudo vai fazer para isso aconteça. Se não acontecer na segunda jornada, que aconteça nas seguintes», concluiu o treinador.

 

 

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