Dora, Filomena, Hortense Paula, Rodrigo e Sofia. Estes são os nomes portugueses escolhidos para batizar algumas das tempestades que se prevê que possam ocorrer na Europa na época 2020-2021.
A época 2020-2021 de nomeação de tempestades vai começar usando a lista de nomes das tempestades de A a Z que já está disponível e é válida a partir de 1 de Outubro, ou seja, a partir de amanhã.
O IPMA, em representação de Portugal, aderiu ao projeto europeu de dar nome às tempestades em 1 Dezembro de 2017, no decurso da atividade conjunta dos Serviços Nacionais de Meteorologia da Europa.
Esta iniciativa foi desenvolvida no âmbito do “Working Group on the Cooperation between European Forecasters (WGCEF) da EUMETNET e tem como objetivo chamar a atenção do público e dos meios de comunicação para a prevenção e para a salvaguarda de vidas e bens em situação de risco, melhorar a comunicação entre os serviços de meteorologia e facilitar a monitorização e estudo de depressões ao longo do seu percurso sobre a Europa.
Com este propósito, é dado nome a todas as depressões que originem um aviso de vento de nível laranja ou vermelho no sistema internacional de avisos meteorológicos (projeto METEOALARM a que o IPMA aderiu desde o seu início).
O primeiro país que emite esse aviso dá o nome à depressão e informa os restantes países, que deverão manter o nome.
As depressões resultantes de tempestades tropicais conservam o nome atribuído inicialmente pelo National Hurricane Center (NHC).
«A articulação de diferentes práticas existentes desde longa data nos diversos países europeus, assim como as dificuldades inerentes à construção de uma plataforma de comunicação entre todos os Serviços Meteorológicos Nacionais, resulta na atual coexistência de várias listas de nomes para as depressões que afetam as diversas regiões da Europa», explica o IPMA.
O IPMA, AEMET, Météo-France e RMI constituem o grupo sudoeste (SW), partilhando a lista que aqui se divulga, em estreita colaboração com o grupo oeste (W) que engloba o MetOffice (Inglaterra), Met-Éireann (Irlanda) e KNMI (Holanda).
Aquele instituto chama a atenção para que «depressões a que foi atribuído um nome por originar vento muito forte numa região da Europa, poderá ter outros (ou mesmo nenhuns) impactos sobre o nosso território».
Por outro lado, «sendo a intensidade do vento o único critério para dar o nome à depressão, tempestades a que não foi atribuído nome podem ter associada precipitação, trovoada, queda de neve ou agitação marítima, com impacto tal que dê origem a aviso meteorológico no território nacional».
Comentários