DiVaM regressa para que a «cultura continue a ser alimento para todos»

Até Dezembro, há muito para ver, ouvir e sentir nos monumentos algarvios

Haverá um “Encontro de povos, ideias e culturas”, oficinas para a igualdade e da pré-história, “Gavetas”, mais uma Nova Escola de Sagres e até o teatro “Laurinda não foi à guerra”. O programa DiVaM – Dinamização e Valorização dos Monumentos, da Direção Regional de Cultura do Algarve, está de regresso para que a «cultura continue a ser alimento para todos nós». 

Apesar da pandemia da Covid-19, a Direção Regional de Cultura decidiu que tinha – e devia – avançar com mais uma edição deste programa que começou oficialmente este sábado, 5 de Setembro, nas Ruínas Romanas de Milreu, em Estoi (Faro).

A programação, que durará até Dezembro, será intensa e passará por seis monumentos de cinco concelhos: Ruínas Romanas de Milreu, Castelo de Paderne (Albufeira), Monumentos Megalíticos de Alcalar (Portimão), Ermida de Nossa Senhora de Guadalupe (Vila do Bispo), Fortaleza de Sagres (Vila do Bispo) e Castelo de Aljezur.

No total, foram selecionadas, para dinamizar os diferentes eventos, 27 associações culturais do Algarve, um número superior ao do ano passado.

 

Adriana Nogueira

 

«A nossa ajuda é sempre pequenina, porque infelizmente não temos muito dinheiro. Foi preciso um esforço muito grande, em termos logísticos, foi difícil, mas fizemos um grande esforço para que o DiVaM acontecesse este ano», explicou Adriana Nogueira, diretora regional de Cultura do Algarve, aos jornalistas, na apresentação do programa este sábado, em Milreu.

A Fortaleza de Sagres é o monumento que vai ter mais atividades, num total de 16. Uma das principais será mais uma edição da Nova Escola de Sagres, dinamizada pelo Centro Ciência Viva de Lagos, a 9 de Outubro, e que terminará na criação de um Mural e do Globo da Igualdade.

É que, este ano, o tema inerente a todo o DiVaM é precisamente “Direitos Humanos, Igualdade e Não Discriminação”. Os espetáculos abordarão estas temáticas tão em voga na atualidade.

Ainda em Sagres, haverá, por exemplo, Elementos II, um projeto que vai entrelaçar a música popular com a erudita, com recurso também ao vídeo e à fotografia. Será a 4 de Outubro, a partir das 17h00.

Passando para Milreu, a programação do DiVaM apresenta um total de 9 atividades. A primeira – de arranque do programa – foi no passado sábado e chamou-se “Música: de todos para todos”, com Fernando Guerreiro e a Associação Cultural e Recreativa Escola de Música Sambrasense, mas haverá muito mais.

A 25 de Setembro, a partir das 10h30, “Milreu – Encontro entre povos, ideias e culturas” vai, através de oficinas artísticas, refletir sobre questões sociais, tendo como ambiente o espaço de Milreu. A iniciativa será promovida pela QRER – Cooperativa para o Desenvolvimento dos Territórios de Baixa Densidade.

 

 

Passados uns dias, a 10 de Outubro, haverá “Gavetas”, uma instalação coletiva que será também uma provocação específica em relação aos direitos humanos, com a proposta de os colocar em gavetas. A organização é da Amarelarte – Associação Cultural e Recreativa.

Mesmo em tempos de pandemia, os Monumentos Megalíticos de Alcalar, no concelho de Portimão, não podiam deixar de assinalar uma das suas iniciativas mais emblemáticas do DiVaM. Este ano, não haverá “Um Dia na Pré-História”, mas Oficinas da Pré-História, com menos pessoas, no dia 26 de Setembro, das 10h00 às 18h00, e organização do Museu de Portimão/Grupo dos Amigos do Museu.

Já no Castelo de Paderne, o Cineclube de Faro vai promover “Oficinas das Igualdades”, através da história daquele espaço, mas também do livro e filme “O Profeta”. A data, neste caso, ainda não está fechada.

Faltam apenas os dois monumentos: o Castelo de Aljezur (onde haverá “Varandas da Memória”, com Ao Luar Teatro, a 3 de Outubro) e a Ermida de Guadalupe, em Vila do Bispo.

Neste local, iniciativas não faltarão, com destaque para “Laurinda não foi à guerra”, um teatro da Associação Música XXI, a 27 de Setembro, a partir das 18h00.

Estes são alguns dos destaques da programação do DiVaM que, ainda assim, poderá sofrer alterações.

«Temos aqui um grau de imprevisibilidade, porque tudo vai depender de como evoluir a situação da pandemia. Mesmo as atividades com as escolas e tudo poderá ter de ser ajustado», explicou Adriana Nogueira.

Certo é que, na opinião da diretora regional de Cultura, as pessoas «já entraram no espírito do DiVaM».

«A programação é rica e, como está tão concentrada, isso pode jogar a nosso favor. As pessoas podem dizer: não sei o que há, mas sei que há qualquer coisa. É essa a ideia», concluiu.

Para consultar a programação completa do DiVaM, clique aqui.

 

Fotos: Pedro Lemos | Sul Informação

 

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