Ministra da Saúde tranquiliza em relação ao IPO, depois dos casos em Monchique

Marta Temido recordou que caso da utente de Monchique foi detetado por análises feitas no próprio IPO

A ministra da Saúde tranquilizou hoje os utentes do Instituto Português de Oncologia (IPO) de Lisboa, depois das situações de doentes de outras regiões infetados com Covid-19 nessa unidade hospitalar, nomeadamente uma senhora de Monchique, que acabou por contagiar cinco familiares seus.

Marta Temido respondia a uma questão colocada pelo Sul Informação, na conferência de imprensa de apresentação dos dados mais recentes da pandemia. O nosso jornal quis saber se, depois deste surto que afeta seis pessoas em Monchique, uma delas a doente oncológica, os utentes do IPO podem estar tranquilos.

A ministra começou por dizer que «é muito importante que o Serviço Nacional de Saúde, como o resto do país, retome a sua atividade assistencial e que as pessoas, quando precisam, utilizem os serviços de saúde com tranquilidade».

Admitiu que, sendo o IPO «o hospital especializado de referência para toda a área abaixo de Lisboa», isso «originou alguns casos, concretamente de contactos de utentes do IPO que poderão ter originado depois casos positivos na região do Algarve».

No entanto, a governante recordou que a deteção destes casos aconteceu «porque o IPO tem instituído um procedimento de segurança, como têm todos os hospitais do Serviço Nacional de Saúde, como têm outros hospitais do sistema de saúde português e como genericamente se está a fazer, pelo menos, nos serviços de saúde da União Europeia, que é a avaliação sistemática dos utentes que vão ser submetidos a determinados tratamentos e de avaliação dos profissionais que são considerados de risco para o efeito».

Além disso, acrescentou, nas regiões do Algarve, do Alentejo, do Norte, como também na região do Centro, «estamos a conseguir identificar muito bem as cadeias de transmissão, com relativa facilidade, embora num ambiente de desconfinamento seja muito mais difícil este trabalho para as autoridades de saúde».

«Vamos ter de manter a observação e a constância do acompanhamento destas situações», garantiu a ministra Marta Temido, em resposta a uma das duas questões colocadas pelo Sul Informação.

O caso da utente do IPO residente em Monchique, que ficou infetada por Covid-19 quando se deslocou àquele hospital especializado lisboeta para tratamento, contagiando depois cinco familiares seus, foi noticiado há cerca de uma semana. Neste momento, há oito casos acumulados naquele concelho serrano algarvio, sete dos quais ainda ativos – as seis pessoas da família e uma outra pessoa, um contágio que deverá ter ligação à festa ilegal de Lagos.

 

 

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