Algarve está no último lugar da Qualidade Ambiental no índice nacional do INE

A nível geral, o desempenho do Algarve não é muito melhor, no Índice Sintético de Desenvolvimento Regional de 2018

Imagem: Instituto Nacional de Estatística| ISDR 2018

O Algarve é a sub-região do país com menor Qualidade Ambiental, segundo o Índice Sintético de Desenvolvimento Regional (ISDR) de 2018, divulgado ontem pelo Instituto Nacional de Estatística (INE).

Além desta dimensão ambiental, o estudo avalia a Competitividade e a Coesão nas 25 regiões NUTS ( Nomenclatura das Unidades Territoriais para Fins Estatísticos) III – que, no caso do Algarve, coincide com a NUTS II, das quais há apenas cinco -, com a região a ter resultados abaixo da média nacional em toda a linha.

O desempenho da região algarvia ao nível da Qualidade Ambiental foi conhecido na véspera do Dia Mundial do Ambiente, que se comemora hoje.

No entanto, e apesar desta irónica coincidência, só o facto do Algarve ser o 25º e último classificado no índice parcial da Qualidade Ambiental já chamaria a atenção. Para mais quando, em 2017, estava no 22º lugar e, em 2016, no 21º deste parâmetro, nos ISDR dos anos em questão.

Esta descida a pique pode estar ligada ao grande incêndio de Monchique – que também afetou fortemente Silves -, tendo em conta que um dos indicadores do INE para fazer a avaliação é a taxa de espaços florestais ardidos.

 



 

Mas este é apenas um dos 14 critérios para determinar o índice de Qualidade Ambiental de uma região, alguns dos quais ligados às grandes lutas das associações ambientalistas algarvias e nacionais, como a “Proporção de uso do solo potencialmente não urbano”, a “Concentração territorial de novas construções” e o “Consumo de água por habitante”.

As associações ambientalistas são diretamente chamadas ao estudo, uma vez que também é indicador o “Número de associados das ONGA de âmbito regional e local por mil habitantes”.

Por outro lado, estão em causa critérios como “Qualidade do ar”, “Indicador de água segura (consumo humano)”, “Resíduos urbanos recolhidos por habitante”, “Proporção de resíduos urbanos recolhidos seletivamente” ou “Contribuição da região para a substituição da produção de eletricidade produzida com energia primária fóssil por energias renováveis ou menor conteúdo de emissões”.

A verdade é que não é só na dimensão ambiental que a região fica mal na fotografia. O Algarve está na metade inferior da lista em todos índices, quer nos gerais, quer nos parciais, com exceção para a Competitividade, no qual ocupa a 10ª posição.

 

 

 

No Índice Sintético de Desenvolvimento Regional, em 2018, propriamente dito, o Algarve surge na 17ª posição, inserido no quarto de cinco grupos de sub-regiões. Esta lista, como acontece com todas as outras, menos a relativa à Qualidade Ambiental, é liderada pelas Áreas Metropolitanas de Lisboa e Porto, seguidas das regiões do Cávado e de Aveiro.

Estas são, de resto, as únicas quatro das 25 sub-regiões NUTS III que «superavam a média nacional em termos de desenvolvimento regional global».

No que toca ao índice compósito de desenvolvimento regional e dos índices parciais em relação à média nacional, o Algarve encontra-se no último grupo, o sexto, com desempenhos abaixo da média nacional em todos os indicadores. No índice da coesão territorial o Algarve está na 14ª posição.

Como se pode perceber, o Algarve tem um desempenho bem abaixo da média, no que aos 65 indicadores que são avaliados neste estudo diz respeito, que podem ser consultados no resumo feito pelo INE, disponível neste link.

 

Imagens: Instituto Nacional de Estatística| ISDR 2018

 

 

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