Alunos de medicina da UAlg “abrem” Qlinic para esclarecer dúvidas sobre saúde

Esta «não é uma plataforma Covid-19», salientam os seus criadores

Prestar informações à população sobre saúde, nas mais diversas áreas, para evitar que os portugueses recorram a fontes não fidedignas quando têm alguma dúvida sobre o seu estado de saúde, é o grande objetivo da plataforma online Qlinic, criada por alunos do 5º ano do Mestrado Integrado em Medicina (MIM) da Universidade do Algarve.

Este novo serviço, que já está online há cerca de duas semanas, é gratuito e conta com a colaboração voluntária de cerca de 150 profissionais de saúde de diferentes áreas, desde a medicina geral, a diferentes especialidades médicas, mas também dentistas, nutricionistas, enfermeiros e psicólogos, entre outros.

O projeto foi apresentado ontem, dia 6, durante a visita de Manuel Heitor, ministro da Ciência e do Ensino Superior, e de Jamila Madeira, secretária de Estado da Saúde, ao Estádio Algarve, para conhecerem os resultados do rastreio serológico realizado pelo Algarve Biomedical Center (ABC) e pela Fundação Champalimaud.

Esta apresentação contou com cinco dos 15 alunos envolvidos no projeto: Shafik Norali, Jaime Inglez Nelson Carvalho, Rita Lopes e Rui Oliveira.

 




 

Segundo Nelson Carvalho, o Qlinic tem o objetivo geral de «responder ás dúvidas que os portugueses tenham sobre saúde», evitando que recorram a sites pouco fiáveis e vão atrás de fake news relacionadas com a saúde.

Os criadores fazem questão de salientar que esta «não é uma plataforma Covid-19». Aliás, as dúvidas colocadas pelas cerca de 250 pessoas que já beneficiaram do Qlinic foram, «na sua grande maioria, não Covid».

Quanto ao funcionamento, é tudo bem simples: o cidadão acede à plataforma, coloca a sua questão, preenchendo um formulário, e, «num curto espaço de tempo, terá a sua resposta», personalizada e à medida.

Com isto, além de manter a população bem informada e evitar que as pessoas recorram a informação pouco credível, consegue-se «descongestionar e otimimizar os nossos sistemas de saúde».

Desde logo, este site dá uma ajuda no alívio à linha SNS24, evitando que as pessoas sobrecarreguem este serviço. Por outro, vai dar um contributo para que haja «menos consultas e menos idas ás urgências», acreditam os seus promotores.

 

Shafik Norali e Rui Oliveira

 

A diferença desta para outras páginas online que tiram dúvidas sobre saúde é que, no Qlinic, «todas as respostas são personalizadas. Não temos uma secção de perguntas frequentes, cada caso é um caso», dizem os criadores da plataforma.

Por outro lado, há uma componente de interação entre o cidadão e os alunos que gerem a plataforma e servem de intermediários entre os utentes e os profissionais de saúde que colaboram com o projeto.

Ou seja, apesar de não terem acesso ao historial clínico da pessoa que está a fazer a questão, os alunos do MIM fazem as questões que consideram necessárias, antes de a aconselhar.
Até agora, foi possível dar uma resposta às questões colocadas «em três ou quatro horas.

Manuel Heitor, que não poupou os alunos do MIM a muitas perguntas sobre o projeto, aplaudiu a iniciativa e até aproveitou para brincar. «Sempre que venho aqui ao Algarve, há coisa novas. Fico sempre à espera para ver o que têm de novo (risos)».

Fotos: Hugo Rodrigues|Sul Informação

 

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