Um militar da GNR foi agredido, no passado sábado, 28 de Março, com uma garrafa na cabeça, quando tentava interromper uma festa, em Carvoeiro, no concelho de Lagoa, que estava a decorrer apesar do dever de recolhimento obrigatório imposto pelo estado de emergência em vigor.
Fonte do Comando da GNR de Faro adiantou ao Sul Informação que o episódio ocorreu cerca das 20h30.
Os vizinhos chamaram a GNR, alertando para o facto de estar a decorrer um churrasco, apurou o nosso jornal, e um dos dois militares que compunha a patrulha, à chegada, foi agredido com «uma garrafa de cerveja na cabeça», revelou a mesma fonte.
O militar sofreu ferimentos ligeiros e foi transportado de ambulância para o hospital, «mas já se encontra bem».
Na sequência da agressão, a patrulha foi reforçada e foram detidos dois homens, de 22 e 44 anos, pai e filho, brasileiros, por resistência e coação a funcionário.
Os dois detidos acabaram por ser libertados com termo de identidade e residência e ficaram obrigados a comparecer, esta manhã, no Tribunal de Silves. O caso baixou a inquérito no Tribunal de Portimão.
Na noite passada, também em Lagoa, mas na sede de concelho, mais dois homens foram detidos, apurou o Sul Informação.
Os homens estavam a agredir-se na via pública e foram interrompidos por militares da GNR. Um deles, quando viu que os militares tinham manietado o segundo, tentou libertá-lo. Acabaram os dois presos.
No domingo, dia 22 de Março, um militar da GNR já tinha sido agredido, também no concelho de Lagoa, por dois jovens que estavam em incumprimento do dever de recolhimento obrigatório.
Esta agressão levou a uma tomada de posição da Associação dos Profssionais da Guarda, que pediu que a justiça atue de forma «ágil e inequívoca» neste tipo de situações, durante o Estado de Emergência, para que «não passe a reinar um sentimento de impunidade».
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