Covid-19: Militar da GNR de Faro está infetado e metade do efetivo ficou em quarentena

Associação dos Profissionais da Guarda quer que Governo assegure rapidez nos testes às forças de segurança

Um militar do Posto da GNR de Faro está infetado com covid-19 e cerca de 50% do efetivo está em quarentena. O caso foi confirmado ontem, tendo levado logo ao encerramento temporário do posto, para desinfeção.

Fonte do Comando Distrital da GNR disse ao Sul Informação que o local foi «totalmente desinfetado» e que foi reaberto ainda ontem à noite.

Já António Barreira, coordenador da região Sul da Associação de Profissionais da Guarda (APG), explicou ao nosso jornal que, depois de ter sido confirmado o caso positivo, «foi feita uma investigação clínica, para triar as pessoas que tiveram contacto com o militar».

«Uma vez que, desde 13 de Março, os turnos dos militares são de 12 horas, os companheiros de turno, que tiveram contacto com ele, foram colocados em quarentena», acrescentou. Isso corresponde a cerca de metade do efetivo do posto.

Para António Barreira, o Comandante da Unidade de Faro «fez o possível e o impossível para resguardar os militares e a população. Teve uma atitude de liderança muito grande, segundo as informações que recebemos. Conseguiu avançar imediatamente para a desinfeção do posto e reabri-lo com os militares do outro turno, mantendo a atividade operacional».

O dirigente da APG considera que é «essencial» que o Governo assegure «rapidez nos testes dos profissionais de segurança e de saúde e rapidez no resultado. Quanto mais rápido for o diagnóstico, mais rápido será o regresso dos profissionais à linha da frente para combater este inimigo invisível».

António Barreira destaca também a importância de serem dadas às forças de segurança e profissionais de saúde «as máximas condições de proteção individual».

«Na Guarda, não somos diferentes de outros profissionais que já antes desta crise se deparavam com falta de equipamentos de proteção individual. Temos que racionar e a verdade é que não há para todos», realça.

Além da disponibilização dos equipamentos de proteção, António Barreira considera que «é imprescindível assegurar a sua reposição. Se cada posto receber dez kits para o pessoal de piquete, tem de haver reposição constante. Dez kits servem para dez intervenções. Quando acabarem, é preciso que seja assegurada a sua reposição».

O representante da APG lembra ainda que os elementos da investigação criminal necessitam de equipamento de proteção, «quer na recolha de vestígios de um crime, quer no tratamento dos mesmos», tal como «os elementos dos destacamentos de intervenção, também requisitados para a manutenção da ordem pública, e os restantes militares das várias especialidades da GNR, nomeadamente Trânsito, SEPNA, ou GIPS».

 

 

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