80 especialistas dão a conhecer avanços da cozinha solar na UAlg

Consolfood dá a conhecer o potencial dos fornos solares

80 especialistas vindos de vários pontos do mundo vão dar a conhecer os avanços da cozinha solar na conferência internacional “Advances in Solar Thermal Food Processing” (Consolfood 2020), que decorrerá entre amanhã e sexta-feira, dia 22 e 24, no Instituto Superior de Engenharia (ISE), no Campus da Penha da Universidade do Algarve, em Faro.

Os oradores principais desta terceira edição do evento serão Manoj Soni, professor do Birla Institute of Technology and Science, em Pilani, no Rajastão (Índia), e Jürgen Kleinwächter, físico e inventor.

«Durante três dias, os participantes irão apresentar e discutir tópicos relacionados com os avanços da cozinha solar, incluindo o processamento de alimentos no que respeita à cocção e à desidratação dos alimentos. Para além das palestras, haverá um espaço de exposição de fornos solares de autores de Portugal, Espanha, Índia, Lesotho, México, Brasil e Estados Unidos, França, entre outros», segundo a Universidade do Algarve.

Celestino Ruivo, docente do Instituto Superior de Engenharia da UAlg e o grande impulsionador da cozinha solar no Algarve, é o responsável pela dinamização desta conferência.

Face ao exponencial aumento dos consumos de energia e aos problemas ambientais locais e globais, Celestino Ruivo defende que «a atividade de exploração nas unidades fabris e a vida quotidiana de cada ser humano deve ser pautada por práticas de boa eficiência na utilização dos recursos naturais, incluindo os energéticos».

Na sua opinião, «tais práticas contribuirão, certamente, para a manutenção de condições de equilíbrio na natureza e, consequentemente, para uma vida mais saudável».

O docente da UAlg, tem, de resto, dedicado muito tempo a demonstrar o potencial da cozinha solar e «que é possível utilizá-la em vários contextos: na casa de cada família, nos restaurantes, nas cantinas escolares, nas fábricas, nos lares de idosos, e em instituições diversas».

«A cozinha solar, conhecida há muitas décadas, mas utilizada por um número restrito de pessoas, assume-se como um pilar importante principalmente nas regiões com elevado potencial de radiação solar de que é exemplo o sul da Península Ibérica», concluiu a UAlg.

Durante este terceiro encontro, os participantes terão a oportunidade de confecionar os almoços e coffee breaks, utilizando a energia solar térmica.

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