MED arranca hoje e nem falta a música clássica

Palco MED Classic volta a apresentar um programa musical em que a música clássica vai estar em destaque no interior da Igreja Matriz de Loulé

O Festival MED arranca esta quinta-feira, 27 de Junho, no Centro Histórico de Loulé, com músicas do mundo, mas também com as sonoridades eruditas a ocuparem todo um palco. 

Assim, o Palco MED Classic volta a apresentar um programa musical em que a música clássica vai estar em destaque no interior da Igreja Matriz de Loulé, sendo esta uma proposta alternativa do Festival MED.

Estes serão, diariamente, os primeiros concertos de cada dia do MED, com início marcado para as 19h30.

Já esta quinta-feira, 27 de Junho, dia inaugural do Festival, sobe ao palco o grupo Udjat. A guitarra portuguesa, os vocalizos lírico-experimentais, acompanhados pela percussão, assumem um lugar onde a paisagem sonora se enaltece e se revela através de sonoridades luso-árabes.

«O Mundo é a sua maior inspiração: a sua música transmite sonoridades antigas com uma abordagem atual. A simbiose da voz com a guitarra e a percussão proporciona um caminho intenso, ritmado, onde os contrastes criam momentos de êxtase e meditação, conduzindo-nos no tempo através do lamento da saudade e da esperança em regressar às origens», diz a Câmara de Loulé.

Sofia Sousa Claro, cantora lírica e experimental, Hugo Claro, músico multi-instrumentista e compositor, e Hugo Tristão, artista convidado, são os protagonistas deste espetáculo.

F3 são o agrupamento que irá juntar-se ao programa do MED Classic no dia 28, sexta-feira, naquela que pretende ser uma homenagem ao professor Francisco Rosado. Grupo de música de câmara composto por quatro flautas de bisel, apresentam um repertório do Renascimento ao Contemporâneo, num “Mosaico Musical” preenchido pela música erudita trauteada por todos (as “Quatros Estações”, de Vivaldi, ou o “Quebra Nozes”, de Tchaikovsky), pelo rock&roll dos Beach Boys, pela música francesa de Piaf e pelas canções imortalizadas por Leonard Cohen e pelos Queen.

No sábado, dia 29, o público poderá assistir a um espetáculo com Os Músicos do Tejo, projeto musical no campo da música antiga, fundado em 2005 e dirigido por Marcos Magalhães e Marta Araújo.

Na sua existência, “Os Músicos do Tejo” já desenvolveram uma parceria com o Centro Cultural de Belém (CCB) que os levou produzir cinco óperas, editaram quatro discos, apresentaram-se em inúmeros concertos em Portugal e no estrangeiro e foram objeto de diversos apoios institucionais.

As óperas estreadas no CCB (La Spinalba e Il Trionfo d’ Amore, Lo Frate ´nnamorato, Le Carnaval et la Folie, e Paride de Elena), foram recebidas com grande êxito junto do público e da crítica especializada. Os “Músicos do Tejo” têm o apoio da Câmara Municipal de Lisboa e da Biblioteca Nacional de Portugal.

No encerramento do Festival, domingo, dia 30, sobe ao palco aquele que é um grupo assíduo no cartaz deste Festival, o Ensemble de Flautas de Loulé, que apresenta um concerto onde não faltarão os clássicos como Telemann ou Vivaldi, mas também os grandes ícones da pop, John Lennon & Paul McCartney.

Constituída em 1994 por alunos da Escola de Música do Município de Loulé, este grupo esteve sob orientação/direção do professor Francisco Rosado até 2015, altura do seu falecimento. A dar continuidade à direção do Ensemble de flautas está, desde Outubro de 2015, a professora Ana Figueiras, no Conservatório de Música de Loulé.

O grupo tem-se apresentado em audições escolares, em igrejas e noutros espaços culturais, mas também eventos culturais como os Encontros de Música Antiga de Loulé ou o Festival MED. Gravou até ao momento três CDs, com peças da Idade Média ao século XX, com apoio da Câmara Municipal de Loulé. A revista americana “American Recorder “ e a revista inglesa “ The Recorder Magazine ”, especializadas em flauta de bisel, publicaram artigos sobre o agrupamento. Tem realizado uma atividade regular apresentando-se em dezenas de atuações, concertos e eventos no concelho de Loulé, em Lisboa e em Sevilha.

«Mais uma vez o MED Classic assume-se como um palco de visita obrigatória não só para os apreciadores de música clássica, sobretudo os muitos estrangeiros que circulam na Zona Histórica de Loulé por estes dias, mas também para quem quer ter novas experiências no Festival MED», considera a autarquia louletana.

Os bilhetes para este festival, que arranca já amanhã, dia 27, e dura até sábado, dia 29, estão à venda aqui.

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