Um projeto positivo, com impactos «de importância não significativa» e que «apresenta viabilidade ambiental». Estas são algumas das conclusões do Estudo de Impacte Ambiental (EIA) da Circular de Olhão, a variante à EN125 neste concelho, que está em consulta pública até ao dia 12 de Junho.
Os interessados em conhecer melhor o projeto e as diferentes alternativas pode consultar todos os documentos relevantes no site “Participa!”.
Segundo o resumo não técnico do EIA ao projeto da Infraestruturas de Portugal, que realizará a obra, foram estudados dois traçados, ambos para uma estrada com cerca de sete metros de largura e uma via em cada sentido.
As soluções previstas cruzam-se em diversos pontos, de modo «a permitir combinações entre os dois traçados gerais», lê-se no documento, que pode ser consultado na íntegra aqui.
O estudo concluiu que a chamada solução B, que é a que mais se aproxima «do traçado do projeto de execução da Subconcessão Algarve Litoral, nomeadamente da Alternativa 1 desse projeto e que foi anteriormente submetido a procedimento de AIA», é a «mais favorável».
Esta alternativa segue o corredor previsto no Plano Diretor Municipal, «com ligeiras adaptações para uma melhor inserção ou para evitar situações de demolição de edificado presente nesse corredor».
Veja as imagens detalhadas de ambas as soluções:
A solução B «está ainda de acordo com as atuais orientações do entendimento entre a Infraestruturas de Portugal e a Câmara Municipal de Olhão quanto à redução das características desta variante, nomeadamente através do aproveitamento da parte das vias camarárias existentes e da redução do perfil transversal tipo da estrada a construir, minimizando com isso a abertura de novos canais e a afetação de usos, numa zona que é marcada pela ocupação agrícola e áreas inseridas em Reserva Agrícola Nacional».
«Com base nas avaliações realizadas e nos impactes comparados da Alternativa Zero (sem projeto), conclui-se que o projeto é positivo e apresenta viabilidade ambiental, para qualquer um das alternativas estudadas, pese embora a Solução B se apresente globalmente como mais favorável face à Solução A», conclui o resumo técnico do EIA.
Ou seja, a conclusão do atual estudo é que a melhor solução é a mesma que foi aprovada na Avaliação de Impacte Ambiental feita no final de 2011 e 2012.
Esta obra acabou por nunca avançar, tendo em conta que, em 2012, a Variante a Olhão foi retirada da concessão Rotas do Algarve Litoral, na altura em que a gestão da EN125, entre Faro e Vila Real de Santo António, passou novamente para a alçada da Infraestruturas de Portugal.
Este não foi um projeto pacífico, tendo mesmo levado à criação de uma comissão de moradores, que conseguiu promover alterações à ideia original.
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