Estudantes voltam a fazer greve pelo clima

Faro e Sines são duas das cidades onde os estudantes sairão à rua

Os estudantes vão estar de novo em greve pelo clima, na próxima sexta-feira, 24 de Maio. Faro e Sines são alguns das cidades, a nível nacional, com protestos marcados no âmbito da segunda greve mundial do movimento #SchoolStrike4Climate, iniciado pela jovem ativista sueca Greta Thunberg.

No caso de Faro, a concentração está marcada para as 10h30, junto ao Forum Algarve, tal como aconteceu na primeira greve, no dia
15 de Março, que juntou centenas de estudantes na capital algarvia.

Já em Sines, o encontro será à mesma hora, no Jardim das Descobertas. A realização do protesto na cidade alentejana acontece «tendo em conta a existência de uma das fábricas mais poluidoras do país nesta localidade, a Central Termoelétrica de Sines».

Segundo os promotores da greve climática estudantil, «dia 15 de Março fomos fortes. Cerca de 20 mil estudantes saíram à rua, numa mensagem clara de descontentamento para com as classes políticas que varrem a crise climática para debaixo do tapete. Tivemos a oportunidade de sermos ouvidos também pelo Ministro do Ambiente. Mas a mudança que reivindicamos ainda não chegou».

Os estudantes portugueses consideram que a mudança «não chegou, porque a central de Sines e do Pego continuam a funcionar a carvão, e não foi efetuada qualquer mudança no sentido de planear a transição energética para mais cedo. Não chegou, porque os contratos para explorar gás natural na Batalha e em Pombal ainda estão em cima da mesa, salvaguardados pela inércia política na área ambiental. A mudança de paradigma radical que exigimos ainda está por fazer».

«Se 20 mil jovens demonstram o seu descontentamento, e nada acontece, então é hora de voltarmos à ação. Porque o 15 de Março não foi apenas um dia. É um movimento, movimento esse que reivindica medidas sérias e urgentes, apoiadas numa geração que está farta de ver o seu futuro negligenciado por interesses económicos sobrepostos a interesses humanos e naturais», acrescenta o movimento.

Para os estudantes que vão estar em greve, «a não-resolução deste estado de emergência climática não se deve à falta de tecnologia ou outros recursos, mas sim à falta de vontade política».

«Somos uma geração que está acordada. E vamos continuar na luta até que o governo se aperceba de que a prioridade ao combate sério, eficaz e urgente às alterações climáticas é um dever», concluem.

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