Estação Náutica do Baixo Guadiana pode trazer «outros visitantes» ao Algarve

Nicho do turismo náutico representa «cerca de 4,8 milhões de viagens primárias na Europa»

Foto: Fabiana Saboya|Sul Informação

Mais turismo náutico e, por acréscimo, a vinda de «outros visitantes» para o Algarve. A Estação Náutica do Baixo Guadiana já começou a trabalhar e, na visão da Região de Turismo do Algarve (RTA), vem diversificar a oferta do destino «através de um produto turístico estratégico para a região e que representa cerca de 4,8 milhões de viagens primárias na Europa».

O projeto da estação náutica «passará, sobretudo, pela dinamização da componente náutica do Complexo Desportivo Municipal de Vila Real de Santo António e contará com um centro de alto rendimento de atividades náuticas». Esta estratégia foi oficializada num protocolo de ação assinado na passada semana entre a RTA, os municípios do Guadiana – Vila Real de Santo António, Castro Marim, Alcoutim e Mértola, em Portugal, e Ayamonte, em Espanha – e a Associação Naval do Guadiana.

A Estação Náutica do Baixo Guadiana «pretende ser o ponto de convergência no leste algarvio de atividades náuticas como vela ao kitesurf, windsurf, wakeboard, canoagem, mergulho, passeios de barco ou pesca desportiva e aglutinará serviços náuticos a serviços e atividades turísticas tais como o alojamento, a gastronomia, o cicloturismo ou o pedestrianismo», descreveu a RTA.

 

 

«É um conceito de integração da oferta com critérios de qualidade, que vai desde o alojamento à capacidade de construção naval, passando pela cultura e pelo desporto, e que é claramente conciliável com a estratégia definida pela RTA para a diversificação da oferta do destino. Para além dos atrativos principais do sol e mar, golfe e turismo residencial, que já estão consolidados, há que criar oportunidades para captar outros visitantes», segundo João Fernandes, presidente da Região de Turismo do Algarve.

«Existe uma multiplicidade de atividades possíveis de desenvolver no Baixo Guadiana, não só na época baixa, mas também para os mercados para os quais já existem acessibilidades aéreas e junto dos quais o Algarve tem uma forte notoriedade», acrescentou.

Este novo projeto trará, igualmente, benefícios ao interior da região e para a coesão territorial. João Fernandes sublinha que já foi feito «um trabalho interessante pela Associação Naval do Guadiana no que toca à oferta existente. Mas é importante também analisar qual o seu desempenho, até porque, por vezes, temos dificuldade em aferir o número de embarcações, a sua nacionalidade, o tempo de permanência ou o gasto médio».

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