Assunção Cristas acompanha «com atenção» falta de médicos nos hospitais do Algarve

Assunção Cristas, presidente do CDS, acompanha «com atenção» a questão da falta de médicos nos hospitais do Algarve. Esse foi […]

Assunção Cristas, presidente do CDS, acompanha «com atenção» a questão da falta de médicos nos hospitais do Algarve. Esse foi um dos principais temas ontem discutido entre a líder centrista e as administrações do Centro Hospitalar do Algarve (CHA) e da Administração Regional de Saúde (ARS) do Algarve, durante a visita feita ao hospital de Portimão.

«Fizemos a avaliação do que são as maiores necessidades deste centro hospitalar e o que me foi transmitido é que existe uma necessidade recorrente de falta de profissionais de saúde, principalmente ao nível de médicos especialistas», disse Assunção Cristas, após a reunião e a visita.

A falta de recursos humanos, que também atinge os enfermeiros e os técnicos de diagnóstico, mas que é mais premente nos médicos, «traduz-se depois na prestação de serviços de qualidade, nas várias áreas da medicina».

E porque é que o Algarve não consegue atrair médicos, ficando os concursos abertos com as vagas por preencher? Segundo a presidente do CDS, «temos de perceber se, nesta região, há um desenvolvimento económico sustentável, duradouro e relevante que permita que uma família inteira se desloque. Por vezes, o médico até teria disponibilidade, mas depois o cônjuge não consegue encontrar o emprego relativo à sua atividade para aqui desenvolver o seu trabalho». Ou seja, «às vezes a dificuldade não é atrair o médico, mas garantir (…) que toda uma família se desloque» para o Algarve.

 

Assunção Cristas, ladeada pela deputada Teresa Caeiro e por José Pedro Caçorino, presidente do CDS/Algarve

 

Por seu lado, José Pedro Caçorino, presidente da Comissão Política Distrital do CDS algarvio, que também acompanhou a reunião e a visita, disse ao Sul Informação que foi abordada a necessidade de criar «incentivos» para atrair médicos para a região, tendo-se ainda falado da possibilidade de os concursos para preenchimento de vagas não decorrerem a nível regional, para cada hospital, mas a nível nacional. «Daí resultaria um escalonamento dos médicos, que teriam de ser colocados nas vagas existentes em todo o país, de acordo com esse escalonamento».

Quanto à possibilidade, anunciada há cerca de um mês pelo secretário de Estado da Saúde, de voltar a separar os hospitais de Portimão e de Faro, Assunção Cristas não se alongou muito sobre o assunto, mas salientou que a ideia do seu partido é que «pode haver uma partilha de serviços» entre as unidades que constituem o Centro Hospitalar do Algarve.

José Pedro Caçorino, por seu lado, revelou ao nosso jornal que o tema da separação dos dois hospitais, criando duas administrações separadas, «não foi uma questão fundamental» das conversações de Assunção Cristas com Joaquim Ramalho, presidente do CHA, e Moura Reis, presidente da ARS.

«Aquilo que nos foi transmitido indica que os próprios responsáveis por estas duas entidades estão a chegar à conclusão de que, depois do trabalho feito na criação do Centro Hospitalar, com o estabelecimento de serviços partilhados, não faz agora sentido ir dividir de novo. A separação das unidades hospitalares só deve avançar se trouxesse vantagens. O fundamental é o reforço de serviços em cada uma das unidades», acrescentou Caçorino.

«Com uma separação radical, tentando voltar ao que era antes da criação do CHA, o hospital de Portimão ficaria mais marginal, sobretudo agora que está a haver um reforço da parceria entre a Universidade e o Hospital de Faro», disse o líder do CDS no Algarve, nas suas declarações ao Sul Informação.

 

Fotos: Elisabete Rodrigues|Sul Informação

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