FOTOGALERIA: 800 pessoas viajaram até à Pré-História em Alcalar

Foram cerca de 800 pessoas, grande parte delas famílias com crianças, que este sábado, mesmo com alguma chuva e muitas […]

Foram cerca de 800 pessoas, grande parte delas famílias com crianças, que este sábado, mesmo com alguma chuva e muitas nuvens no céu, aceitaram o convite para fazer uma viagem no tempo e recuar 5000 anos, até à Pré-História, nos Monumentos Megalíticos de Alcalar, no interior do concelho de Portimão.

Desta vez, houve dois grandes motivos de atração – a cerveja feita com ingredientes que as investigações arqueológicas indicam que eram utilizados há cinco milénios, pelos mais antigos habitantes da zona, e ainda a comida cozinhada no fogo lento, também segundo métodos ancestrais.

A cerveja, aromatizada por duas bagas colhidas na zona, o mirto e o pilrito, resulta da investigação e da experimentação da arqueóloga Elena Morán e dos mestres cervejeiros André Gonçalves e Ruben Silva.

Junto à fogueira, depois de acender o fogo sem fósforos nem isqueiros, o arqueólogo experimental Pedro Cura preparou o porco preto oferecido pela Câmara de Monchique, cortando-o com lâminas de sílex, para ser assado lentamente no aspeto, regado de vez em quando com mel.

Ao lado, preparou o peixe, envolto em folhas de couve e em barro, depois cozido lentamente sobre as brasas. E também os bivalves, colocados numa espécie de cova escavada no chão, tapada com brasas, terra e um pele de animal. E ainda o coelho, cozinhado em panela de barro, com cogumelos, ervilhas e favas. Tudo alimentos que as escavações arqueológicas feitas ao longo dos anos em Alcalar indicaram que faziam parte da dieta dos habitantes pré-históricos.

Mas, para além de comer e beber, no recinto do monumento havia muito mais para fazer – tecelagem, olaria, “caça” com arco e flecha, cozedura de pão, música com instrumentos antigos, pintura, escavações arqueológicas…um sem número de atividades que fizeram as delícias de miúdos e graúdos.

E até o tempo ajudou. Com a meteorologia a prometer chuva e mais chuva, a verdade é que só por volta do meio dia é que caiu uma chuvada forte e repentina, que durou menos de 5 minutos, mas conseguiu enlamear o recinto. Ao longo da tarde, o sol brilhou, por entre nuvens. E visitantes de todas as idades, desde bebés de meses até gente com mais de 90 anos, não se fizeram rogados.

Aqui ficam alguns dos momentos de um dia intenso e bem passado:
(Fotos: Elisabete Rodrigues|Sul Informação)

 

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