IPMA explica a queda de neve «pouco habitual» que tingiu de branco topo da Serra de Monchique

A queda de neve pouco habitual no Continente, que atingiu, no dia 26, serras como as de Monchique, Aire, Candeeiros […]

Foto Nelson Inácio
Foto Nelson Inácio

A queda de neve pouco habitual no Continente, que atingiu, no dia 26, serras como as de Monchique, Aire, Candeeiros e Montejunto, ou locais como Fátima, Leiria, Sobral de Montagraço e Arraiolos, deveu-se a «uma corrente forte do quadrante oeste com passagem de ondulações frontais que originaram precipitação», explica o Instituto Português do Mar e Ambiente (IPMA).

As notícias divulgadas pela comunicação social, nomeadamente pelo Sul Informação, e os relatos efetuados na plataforma de cooperação voluntária do IPMA (Metoglobal), e em fóruns de meteorologia na internet sugerem que a queda de neve tenha ocorrido em cotas acima de 300 metros, de acordo com as previsões divulgadas pelo IPMA nos dias anteriores.

Mas esta corrente forte que se estabeleceu sobre o Continente, entre os dias 24 e 26 de Fevereiro, atingiu em especial nas regiões a norte do sistema montanhoso Montejunto-Estrela.

Houve queda de neve nas terras altas, descendo a cota para 600 metros no dia 26. No dia 27 estabeleceu-se, no ar pós-frontal frio, uma corrente forte de noroeste e houve queda de neve em cotas ainda mais baixas e em locais pouco habituais.

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Figura 1

A figura 1 identifica neve no solo, em cor azul ciano, nas Serras da Peneda, Gerês, Larouco, Alvão, Marão, Montemuro, Freita, Caramulo, Estrela e Lousã.

A imagem de cima foi obtida no dia 29 de fevereiro, dois dias depois da ocorrência, quando a inexistência de nebulosidade permitiu uma observação vasta da superfície.

A imagem de baixo foi obtida no dia 1 de março, notando-se já uma redução da área coberta com neve, em particular, nas regiões onde é menos habitual nevar.

Na estação do IPMA das Penhas Douradas, a 1498 metros de altitude, foram registados 15 centímetros de espessura de neve no solo no dia 27 de fevereiro.

No dia 1 de março ainda se registava uma espessura de 6 cm e no dia 3 de março a neve já tinha derretido na estação. A progressiva redução da área coberta com neve na serra da Estrela é também identificável na Figura 2, com imagens obtidas às 10h00 locais dos dias 29 de fevereiro e 1, 2 e 3 de março.

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Figura 2

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