PSD acusa PS de fazer regressar os “jobs for the boys”

O PSD/Algarve acusa, em comunicado, o PS de, «sem qualquer pudor», retomar a «política dos “jobs for the boys”» e […]

O PSD/Algarve acusa, em comunicado, o PS de, «sem qualquer pudor», retomar a «política dos “jobs for the boys”» e de se preparar para «partidarizar a administração pública regional».

A acusação dos social-democratas tem como pretexto a recente demissão de Carlos Baía do cargo de delegado regional do Instituto do Emprego e Formação Profissional (IEFP), que classificam como «afastamento apressado e sem causa».

«Sem sequer apresentar uma justificação técnica ou mesmo política plausível, os delegados regionais de todo o País foram chamados a Lisboa no dia 30 de Dezembro, onde lhes foi dito que seriam dispensados no dia seguinte», recorda o PSD, no seu comunicado enviado às redações.

O PSD/Algarve recorda a constituição, pelo anterior governo de Passos Coelho, da CRESAP, a comissão encarregue de escolher, por «concurso público independente» os «quadros altos e médios da administração pública», Considerando que a CRESAP foi uma «pedrada no charco» e o «ponto de partida para retirar a carga partidária da administração pública», os social-democratas algarvios admitem que se tratava de «um caminho longo e complexo», mas que começava a ter «resultados bastante satisfatórios».

No entanto, acusa o PSD, o PS «sempre lidou mal com esta perspetiva de não poder nomear para os lugares chave da administração pública os seus mais fiéis militantes».

Os laranjas algarvios vão mesmo ao ponto de meter ao barulho o Bloco de Esquerda e o PCP, dizendo que «a sede de poder que existe no PS e nos partidos à sua esquerda que suportam o governo» vai dar lugar «nos próximos meses, a um rol de nomeação de “boys”, sem qualquer respeito ético pela administração pública e pelos seus trabalhadores».

Quanto a Carlos Baía, o PSD/Algarve faz a defesa do seu trabalho à frente do IEFP, considerando que o ex-delegado regional, «em conjunto com uma dedicada estrutura de dirigentes e trabalhadores, teve um papel fulcral na manutenção da estrutura social da região durante anos particularmente difíceis, posicionando-se como elemento fundamental na criação e dinamização de políticas ativas de emprego».

Entretanto, que se saiba, o Ministério do Trabalho ainda não nomeou um novo delegado regional do IEFP.

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