Olhão terá um orçamento de cerca 22,4 milhões de euros, para 2015. A proposta de Orçamento Municipal e Grandes Opções do Plano para o próximo ano foi aprovada pela Assembleia Municipal, e logo à primeira, ao contrário do que aconteceu há um ano, em que foram precisos três meses para a oposição deixar passar o documento.
Em relação a 2014, o valor do orçamento desce quase 10 milhões de euros.
Segundo revelou a Câmara de Olhão, as principais apostas serão feitas «nas áreas da educação, desporto e ação social, já que a possibilidade de fazer mais é diminuta, para além dos necessários gastos na gestão corrente».
Ainda assim, há obra na calha, «desde que associadas a fundos comunitários e ao financiamento bancário, como a requalificação das escolas básicas nºs 4 e 5, a construção de um skate park, de um canil/gatil e de mais um campo de futebol relvado, assim como a requalificação da EN 125 no cruzamento com a Rua Dâmaso da Encarnação».
Na Frente Ribeirinha, uma parte cada vez mais importante numa cidade de Olhão voltada para o turismo, além da venda dos lotes camarários no antigo Largo da Feira, a autarquia já apresentou à Docapesca um plano para reabilitar a área que vai desde a antiga lota até à zona da marina
«Torna-se fundamental a entrega à Autarquia da gestão dessa zona, bem como da sua área de expansão», defendeu o presidente da Câmara de Olhão António Pina.
António Miguel Pina deseja ainda ter condições para, em 2015, «propor diferenciações positivas na isenção de IMT e IMI nos núcleos urbanos de Moncarapacho e Pechão, com o objetivo de aí fixar população mais jovem».
«Este é um orçamento de esforço, muito empenho e dedicação de toda a equipa autárquica, seja a nível dos órgãos eleitos, seja a nível dos colaboradores do Município ou das suas empresas. É um orçamento do presente, que visa criar bases para futuros investimentos nas pessoas e no território, permitindo-nos, com realismo, ambicionar um concelho com um futuro auspicioso mais sustentável economicamente».
Fora do Orçamento e da esfera camarária, mas já em fase de elaboração de projeto, está a nova Estação de Tratamento de Águas Residuais (ETAR) poente de Olhão. A Águas do Algarve, segundo António Pina, está a avançar com o projeto e o edil espera que «a obra seja adjudicada e se iniciem os trabalhos no próximo ano».
«O levantamento das ligações indevidas nas águas pluviais continua a ser feito, de modo a preparar uma candidatura ao próximo Quadro de Referência Estratégica Nacional (QREN)», acrescentou a autarquia.
O executivo camarário apresentou uma proposta de orçamento de base zero, uma imposição do Governo às autarquias, em 2015, «o primeiro em 40 anos de poder local democraticamente eleito», como frisou o presidente da Câmara de Olhão. Esta condicionante, acrescenta o edil « tem a vantagem de trazer para a discussão política a realidade verdadeira dos números».
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