A exposição itinerante “Pioneiros do Conhecimento Científico do Algarve” chega ao Centro de Interpretação de Vila do Bispo, onde estará patente de 2 de Dezembro a 2 de Janeiro.
A mostra, criada por dez instituições pertencentes à Rede de Museus do Algarve, é consagrada a 11 personagens da história da ciência com trabalhos e legados relevantes para o conhecimento histórico e científico do Algarve. O município de Vila do Bispo está representado pelo “pioneiro”, o Padre Manuel Madeira Clemente.
O projeto “Pioneiros do Conhecimento Científico do Algarve” incide sobre a geração de personalidades que, desde os finais do século XVIII até ao século XX, procuraram esclarecer e fundamentar os contornos da identidade do país, através do estudo da história e da cultura popular, designadamente na região algarvia.
As personalidades apresentadas vão de José Sande Vasconcelos a Estácio da Veiga, passando por Santos Rocha, Ataíde Oliveira, José Leite Vasconcelos, José Formosinho, Estanco Louro, Padre Manuel Madeira Clemente, Padre Nunes da Glória, Padre Semedo de Azevedo e João Grade, uns por serem naturais da região e outros porque se debruçaram sobre as comunidades locais, revelando a forma pioneira como estudaram e registaram a paisagem social, científica e cultural.
Grande parte destes pioneiros, interessados nas “coisas do povo”, destacaram-se no panorama de um período que se caracterizou pela crescente multiplicação de investigadores e estudiosos locais, e nas primeiras aproximações à arqueologia, etnografia, histórica local, ciências e literatura oral determinantes na definição de uma identidade regional, contribuindo desse modo para a construção de algumas representações do Algarve e da sua cultura popular, as quais ainda hoje prevalecem.
A exposição, inaugurada a 27 de abril no Museu de Portimão, tem desde então percorrido o Algarve numa itinerância por vários concelhos e museus.
Vila do Bispo – Padre Manuel Madeira Clemente – pároco de Vila do Bispo, Raposeira e Sagres, entre 1947 e 1989. Deu importante contributo para a reabilitação da Ermida de Nossa Senhora de Guadalupe e Igreja de Vila do Bispo – preservação de peças de arte sacra e arqueologia, guardando-as numa pequena sala anexa à igreja – uma espécie de museu que ainda hoje existe.
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