Invenção das lâmpadas LED eficientes garante Prémio Nobel da Física a três japoneses

O Prémio Nobel da Física de 2014 foi atribuído aos japoneses Isamu Akasaki, Hiroshi Amano e Shuji Nakamura pela invenção […]

LED lâmpadaO Prémio Nobel da Física de 2014 foi atribuído aos japoneses Isamu Akasaki, Hiroshi Amano e Shuji Nakamura pela invenção das lâmpadas LED azuis de baixo consumo. Usamos estes LED no nosso dia-a-dia, por exemplo nos flashes dos telemóveis e das câmaras fotográficas, e também na iluminação pública à base de LED.

Isamu Akasaki é professor nas universidades de Meijo e Nagoya, no Japão. Hiroshi Amano também pertence à universidade de Nagoya. Já Shuji Nakamura desenvolve a sua atividade na Universidade da Califórnia, nos Estados Unidos.

A distinção com o Nobel da Física é justificada pela invenção de uma nova forma de iluminação mais eficiente e amiga do ambiente, salienta o Comité Nobel. “Quando Isamu Akasaki, Hiroshi Amano e Shuji Nakamura produziram os feixes de luz azul a partir de semi-condutores no início dos anos 1990, desencadearam uma transformação essencial na tecnologia de iluminação”, referiu a academia sueca.

Os díodos emissores de luz (LED – Light Emission Diode) foram descobertos em 1927 pelo russo Oleg Losey, mas a sua aplicação na iluminação foi ignorada durante décadas.

Nobel da FísicaDe facto, só em 1970 é que o fenómeno físico da eletroluminescência foi descoberto e descrito pelo físico Henry Joseph Round, o que levou ao fabrico de LED para uso na iluminação. No início, estes LED emitiam uma luz amarela de baixo brilho e o consumo energético era considerável.

A invenção dos agora galardoados foi a de descobrir novos materiais semicondutores que permitem o fabrico de LED que emitem luz azul e com muito baixo consumo energético.

A sua utilização na iluminação pública revolucionou esta área. E, se tivermos em conta que um quarto do consumo energético mundial é devido à iluminação, a utilização de LED como fontes de iluminação que poupam energia constitui um grande avanço tecnológico, económico, e com um reduzido impacte ambiental.

 

Autor: António Piedade
Ciência na Imprensa Regional – Ciência Viva

 

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