Sindicato volta a exigir a contratação de mais enfermeiros para o Algarve

O Sindicato dos Enfermeiros Portugueses assegura que as vagas para enfermeiros que venham a ser disponibilizadas no Algarve «não ficarão, […]

O Sindicato dos Enfermeiros Portugueses assegura que as vagas para enfermeiros que venham a ser disponibilizadas no Algarve «não ficarão, seguramente, por preencher» e defende a abertura de novos concursos. O núcleo algarvio do sindicato reagiu às declarações do ministro da Saúde Paulo Macedo, esta semana, numa Audição Parlamentar e considerou que o reforço das unidades de saúde da região anunciado pelo Governo fica muito aquém do que é necessário.

O anúncio de Paulo Macedo de que irão «abrir um número significativo de vagas» para enfermeiros não convence o sindicato, que considera que a anunciada contratação de 45 enfermeiros, só para o Centro Hospitalar do Algarve, «não pode ser chamado reforço, na medida em que nem sequer chega para repor os cerca de 60 enfermeiros que saíram nos últimos tempos».

«Quando o Ministro da Saúde diz que “apesar de abrirem concursos, muitas vagas ficarão por preencher”, refere-se naturalmente aos médicos. Mas se o próprio Presidente da ARS Algarve diz que faltam 159 enfermeiros na Região, porque não abrem concurso?», questiona, por outro lado o SEP, numa nota de imprensa.

O SEP, que aproveitou para reafirmar que faltam 350 enfermeiros na região, lembra que estes profissionais de saúde «têm concorrido aos milhares às poucas vagas que têm aberto no país» e que «cerca de 90 por cento dos enfermeiros que se licenciam todos os anos emigram».

«Os Cuidados de Saúde Primários necessitam urgentemente de enfermeiros, sobretudo para implementar o “Enfermeiro de Família” que o Governo se comprometeu a criar», alertou.

Os sindicalistas questionam ainda as declarações do membro do Governo, quando este «afirma que a falta de recursos no Algarve é um problema do foro local, da ARS e do CHA, quando as contratações têm de ser obrigatoriamente autorizadas pelo Ministério da Saúde e das Finanças!».

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